sábado, 15 de dezembro de 2018

Da enorme pressão do fim

Supostamente estou a umas 6 semanas de ser licenciada.
Supostamente...
Sei que o estágio está no papo! Mas tenho uma disciplina em atraso que envolve matematica e à qual fui a uma unica aula e nada mais.
E recordo bem do panico que senti nessa aula, na qual fiz a mesma pergunta umas 4 vezes e depois desisti de continuar a perguntar e a deixar claro a minha ignorancia.
Não sei para onde me vire...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Na saúde e na doença





E já vão 3 meses de hospitais e cirurgias e muita perda de fé.
Primeiro tinha as vias biliares obstruidas, depois retirou a vesicula, depois houve um sem fim de complicações e agora uma bactéria resistente como o Diabo, que não se controla ou elimina de maneira nenhuma.
Com isto, ele já vai nos 63kg, muito desanimo e depressão. Ao que parece, na familia, houve um tio e um primo que faleceram de uma bacteria que nunca se chegou a identificar e, como tal, não foi viavel combate-la.
Este pensamento não lhe sai da mente nem a mim. Temo o pior...

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

E quem tem pulgas ponha a mão no ar !

Pois... os meus colegas de casa deixaram os meus gatos ir ao quintal, subir o limoeiro, rebolar na terra e... adivinhem?!? Trouxeram pulgas! Tive de lhes dar um comprimido de emergencia, mais uma pipeta 48h depois e correr para a lavandaria e meter tudo o que estava ao alcance de molho a alta temperatura. Ainda assim, dicas precisam-se!
Seguindo o google, lavei o chão com chá de limao e vinagre e polvilhei-o de sal. Parece saído de um encontro de gente com caspa! E por cima, spray anti pulgas. Ainda assim continuo a encontrar algumas...
Dicas, conselhos??

Novo vício


E a 2 dias do desemprego descobri uma nova paixão: KEPLER.
Recomendo muito.
Tenho tendencia a ler coisas mais pesadas e eruditas mas decidi aproveitar uma promoção no 1º volume, o "Hipnotista" e fazer caso às centenas de criticas positivas que tinha lido. Arrisquei. Vou a meio. E estou a adorar. Um excelente policial, complexo, inteligente. Vai na loucura e fui hoje comprar a coleção inteira.
Parecendo que não, passar de ter 2 empregos, uma licenciatura cheia de cadeiras e um estágio para.... estagio e uma cadeira... é demasiado tempo livre!

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

E acabamos o ano como?

Como parasita social!

Entrei para a empresa em 2015. Chegou aquele momento de tensão: 3 anos, 3 contratos... passas a efectivo ou rua?
Pois... foi rua para todos. Nem um foi considerado.
Este é o ultimo mês. E pela primeira vez na vida decidi ser desempregada. Porque acabo a universidade e o estágio em Janeiro e todos os anuncios de emprego que tenho visto não são conciliaveis com estes dois mencionados. E a 2 meses do fim, não vou deitar tudo a perder.
E porque em fevereiro quero visitar o mais que tudo no Mexico que continua doentinho e o impossibilitou de voltar desde julho.
Não será fácil porque não estou acostumada a ter tempo livre e vou fritar a boneca. Mas nesta fase é o que tem de ser.
Aceitam-se sugestões de coisas para fazer nesta Capital irritante. Para já, penso num curso de linguas e tirar a carta.

sábado, 1 de setembro de 2018

De Agosto

Sou a pessoa mais indisciplinada que conheço.
Trabalho muito mas só se alguém externo me coloca pressão, prazos, timmings.
Se depender só de mim... corre mal.
De tudo o que planeei para este verão, fiz.... nada!
Não passeei por Lisboa, Não dei a chance a esta cidade de me surpreender, não fiz novos amigos, não aprendi uma nova lingua (nem me informei sobre os cursos). Também não me dediquei a melhorar o meu curriculum...
Enfim... só tenho trabalhado e dormido. Entendi que entrei neste ritmo tão intenso da Capital, de nunca ter tempo, que agora que o tenho sinto-me ociosa. Só durmo.
Queixava-me que engordei porque não tenho tempo para ginasios mas... agora tenho e dá-me preguiça ir.
Isto só me faz sentir ainda mais falta da minha vida no Alentejo, dos meus amigos, onde a preguiça nunca existia perto daquele café com aqueles funcionários incriveis, onde os nossos amigos nos esperavam a cada fim de tarde.
Definitivamente, Lisboa nunca será para mim.

Tudo a arrebitar sff !!

Primeiro, o mexicano que esteve 1 mês internado e fez duas cirurgias com problemas na vesícula (já está em casa mas de repouso, com drenos).
Depois, o meu mais novo. Quando ouvi aquelas terriveis palavras "pode ter um tumor", tudo ficou preto... o chão girou... o medo foi paralisante.
Por sorte, tem algo numa patinha mas que é benigno. Evoluiu muito bem com medicação e caso volte a sangrar ou a ter um aspecto duvidoso, "só" teremos que cortar um dedo (para quem já o imaginava gordinho e desajeitado com 3 patas, é um alivio).
E como sempre, fez as delicias no Veterinário; todos o queriam pegar ao colo, cães e gatos brincaram com ele, e multiplicavam-se os comentários de "Ohhh!Nunca vi um gato assim!". Que orgulho na minha bolinha!


sábado, 28 de julho de 2018

From Mexico with love

Ele chegou e foi-me buscar de Uber às 3h da manhã, aproveitando que tinha alugado um apartamento proximo ao meu emprego.
Os nervos eram imensos. Não nos viamos desde fevereiro e tinhamos ganho imensa confiança e sentimentos, pautados por uma gigante distancia geografica. Disse-lhe um timido "Olá". Ele retribuiu com um pequeno sorriso. Ele tentou descontrai-me, dizer piadas... eu tensa, quase esborrachada contra o vidro da porta oposta, mantendo a distancia.
Chegamos e foi notório o meu incomodo. Ele notou e entendeu. Fui trabalhar, ainda nervosa, de directa.
Dia seguinte: já mais fluido, esperou-me com o jantar feito e um ramo de rosas. Conversamos e dormimos (aquela estranheza imensa de dormir com um desconhecido já bem conhecido).
Só ao terceiro dia nos beijamos. Só passado uma semana aconteceu o resto naturalmente.
Ele é o cavalheiro que parecia e muito mais. É dos que abre a posta do carro, afasta a cadeira no restaurante.
Terminadas as minhas obrigações, partimos numa viagem: Óbidos, Alcobaça, Coimbra, Porto, Pedrogão, Viana do Castelo, Vila Praia de Âncora, Vigo, Pontevedra, Santiago de Compostela, Gerês, Mondim de Bastos, Mérida, Elvas, Évora, Arraiolos, Açores. Mostrei-lhe um pouco do país, partes que nem eu conhecia, como o Geres, pude ir ao meu adorado festival clássico em Mérida. Pelo caminho muitas experiencias, mimos, surpresas.
Em Santiago de Compostela veio o pedido oficial de namoro, digno de filme, comigo a entrar em casa e a dar de caras com um caminho de rosas até à cama onde estava um ramo imenso e na parede:




Quando o olhei, esperava a resposta tremendo e suando. Nem podia acreditar!
Disse sim.
Esteve 1 mês comigo e foi um mês maravilhoso. Chorou ao voltar a casa. Entendi bem o quanto gosta de mim e fez-me sentir abençoada por poder viver esta historia tão incrivel.
Mas claro... nem tudo pode ser perfeito e voltando ao México sentiu-se mal e temos falado directamente do hospital. Pancreatite. Foi operado na quinta-feira e agora esperamos uma segunda cirurgia proxima semana. Um gasto extremo, num hospital carissimo que vai impossibilita-lo de voltar já em setembro. E mais que tudo... a preocupação de tudo o que li desta doença e dos riscos que corre e da angustia que sinto cada vez que le ligo por video e vejo os olhos amarelos.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Estou viva!

- o mexicano é o doce que parecia e mais ainda!
- terminei o estágio com 18
- a faculdade autorizou-me a continuar o estágio no 1º semestre para que depois de fevereiro não tivesse de continuar em Lisboa mas... eu tenha uma cadeira para trás e decidi não fazê-la este ano pensando "Vou ter de ficar cá mais 6 meses! Vou-me sobrecarregar de trabalho agora para quê?". Pois... porque na minha cabeça esta cadeira era de setembro e não... parece que me confundi, ridicula e imperdoavelmente, e é de fevereiro. Agora ando a correr atrás da docente a ver se existe a possibilidade desta cadeira ser leccionada a outros cursos em setembro e que me permita acelerar o processo. De momento, ainda não sei de nada mas, oficialmente, a minha estadia aumentou para 1 ano exacto.
- dentro da empresa mudaram-me de departamento. Espero que seja algo positivo uma vez que em outubro atingo os 3 anos de contrato e já se sabe... efectivo ou rua. E em Portugal, o "efectivo" quase nunca existe
- Próximo mês termino as obras na casa, como me comprometi. Mas soa-se que a senhoria quer vender o prédio. Rezo aos anjinhos para que tal não suceda. Já meti aqui dinheiro suficiente e não quero nada estar a carregar a casa às costas de novo, já faltando tão pouco para sair e com a loucura imobiliaria que se vive na capital nestes momentos.
- os meus colegas de casa também me avisaram que em outubro vão sair. Vão tentar trazer o pai (eles são venezuelanos e irmãos) e viver os 3

Só mudanças!

sábado, 16 de junho de 2018

As pessoas não mudam?

Estive vários anos sem qualquer relação com o meu pai.
Cortar laços com ele, obrigou-me a tomar decisões, nomeadamente na altura, congelar a matricula e ir para Madrid ser empregada domestica. Não me arrependo.
Foi materialmente dificil, uma reviravolta. Mas tornei-me melhor pessoa fora da esfera de
odio dele. Desde criança que me lembro que o meu maior sonho era crescer e livrar-me dele. Uma criança que pensa assim... já diz muito.
Contudo, há uns 4 ou 5 anos decidi perdoá-lo. E sinceramente fi-lo. Não tenho qualquer afecto por ele mas não o odeio.
Contudo há coisas que nunca mudam e estou arrependida. Ele continua a tratar-me como a sua maior inimiga, a tentar perjudicar-me e só consigo ter pena dele. Se por um lado de orgulho da capacidade de não sentir odio, por outro estou muito farta de ter esta pessoa como pai.
Enfim, valha-me sentir sortuda pelos amigos que tenho e pelos 2 gatinhos maravilhosos que me abraçam a cada noite.

domingo, 10 de junho de 2018

Diário de Bordo

Não vejo o fim a isto!
Nunca me lembro de ter tido tanto trabalho. Nunca!
Além do meu emprego normal, decidi aceitar o convite do esposo de uma amiga para ser tradutora na empresa dele; é só prazos e pressões.
A par disto tudo, ainda ando em aulas e exames e ensaios e trabalhos na faculdade.
Há ainda o estágio e o relatório de estágio.
Há ainda a organização de um evento gigante na cidade de Lisboa.
E... finalmente dia 24 poderei ir de ferias. Faltam 14 dias. 14 dias de noitadas, de dormir 2 a 4h por noite, de sair da aula e correr para a reunião, e sair de lá e correr para o emprego e de lá correr para casa para as traduções horas e horas no pc...
Como sou doida e acho que o tempo estica, ainda fui 2 dias a Coimbra fazer um curso de Intervenção em Crise Humanitária onde se reavivou aquele velho sonho do voluntariado em África. Hoje em dia já é um sonho impossível, na medida que é uma excelente ideia aos 18 ou 19 anos, que os pais ainda nos pagam as contas. Hoje em dia, com 29 anos eu não creio que seja conveniente despedir-me, ir para África X meses e esperar que as contas se paguem sozinhas ou que, voltando, outro emprego esteja mesmo de porta aberta à minha espera. Contudo há um mundo para quem se forma, faz cursos, corre atrás, que são as missões humanitárias remuneradas. São dificeis, psicologicamente duras mas... incríveis!
O curso foi maravilhoso, aprendi muito, fiz contactos riquíssimos e conheci colegas muito interessantes.
Vim de lá cheia de ideias! As quais talvez procure colocar em prática quando me livrar da Universidade de vez.
Dia 20 chega também o mexicano... portanto se depois desse dia não der noticias é porque de facto ele é um criminoso e fui raptada. De contrario... espero que tudo corra bem. Já recebi mais um sem fim de flores e caixas de chocolates no trabalho e estou bem derretida com este príncipe.
Deu-se até o caso de ter tido obras em casa e fiquei sem net, rodeada de ruído e cheia de trabalhos para fazer, já a desesperar. O que fez o simpático para me ajudar, estando noutro continente? É que sem nem perguntar, alugou-me uma casa para passar a semana descansada, longe de stress e poder trabalhar feliz.
Fiquei e continuo sem reação! O que dizer, como agradecer alguém que nos faz isto?

segunda-feira, 21 de maio de 2018

De Barcelona

Eu não gosto de Barcelona.
Nunca gostei.
Fui algumas vezes a trabalho, coisas pontuais. Nunca tive tempo para ver as obras do tão afamado Gaudí e lá fomos, três amigos, conhecer aquilo a sério.
Pois... eu tinha razão. Sempre tive.
Chegamos perto da 1h da manhã ao hotel, uma herdade enorme, com um caminho consideravel até à porta principal. E estava às escuras. Até o taxista teve receio de nos deixar lá. Sem luz, só com as lanternas dos telemoveis, eu não vi uma rampa de acesso e estalei-me. Voou o telemovel para um lado, a mala para outro e eu fiquei com dores horriveis num joelho. Perante o meu ar furioso perguntando ao funcionário se estavam com alguma avaria, foi-me dito apenas que às 23h desligavam a corrente do hotel para poupar. Pedi logo o livro de reclamações!
Tive de deixar o cartao de multibanco como garantia, para que no dia seguinte fosse efectuado o pagamento e todo o processo ficasse finalizado. Qual quê! Dia seguinte, recepção vazia. Uma espera de 15min até que decidi sair. Enquanto me encaminhava para o Parque Guell, fui telefonando várias vezes para o hotel. Atenderam-me passado mais uns 30min, dizendo-me que era mentira uma ausencia tão grande, que a recepção tinha funcionário e foi só 2min ao wc. Nem vos digo como fiquei de me chamarem mentirosa, além de me terem deixado sem cartão multibanco em Barcelona.
Houve ainda um dia que um taxista me expulsou do taxi após discutirmos. E perdi um objecto muito querido que conservava à 2 anos comigo. Enfim...
Para cúmulo, Barcelona é só a cidade mais cara que alguma vez vi! Cada museu, cada casa diferente, minimo 24€... Paguei 28€ para ver a Casa Batló... um abuso!
Valeu-me descobrir a existencia de Montserrat, um conforto no meio deste caos e um sitio incrivel.
Resumindo: adoro o Gaudí mas Barcelona nunca mais!

sábado, 19 de maio de 2018

Diz que tenho um esgotamento!

Tenho tido enxaquecas, tonturas, sono e cansaço extremos.
O mexicano fofinho lá me exigiu que fosse ao médico e já tenho uma série de exames para fazer. A ver vamos...
A verdade é que durmo umas 4h por noite... não tenho folgas, porque quando as tenho no trabalho, uso-as para ir presencialmente ao local de estágio fazer atendimentos ou outros cursos que tais para melhorar o curriculo. Mas a verdade acima de tudo é que não posso descansar nem dormir até dia 24 de junho.
Sou finalista (a nível de cadeiras porque terei de ficar um semestre extra a fazer o período de estágio que me falta) e isso implica muita pressão, trabalho, exames e ensaios. Tenho ainda o estágio que culminará com a organização de um evento super extremo, enorme, esmagador, muito conhecido na cidade de Lisboa. E meti-me num projecto da União Europeia (espero que dê frutos), que também me ocupa os sábados todos. A somar, claro... o meu emprego fofinho que me faz acordar as 6.20h todos os dias.
Acabei de ver que tenho média de 14.3 no curso... hum... vou ver se a subo para 15 mas... damn! A fazer tudo o que faço, chamem-me arrogante, mas estou muito satisfeita comigo!
Agora só falta focar no relatório de estágio, cheio de mariquices, com uma professora que passa a vida a dizer coisas como "Ah pois... a Raven o ano passado desistiu do estagio e teve problemas com a instituição, não foi?", ou "Pois... você é aquela aluna que discutiu com a directora de curso, certo...". Bolas! Espero que isto não signifique que me vão lixar!

sábado, 5 de maio de 2018

Do casório, por certo!

Sobre ESTE post, digo-vos que encontrei o vestido perfeito; não emagreci como queria; encontrei a maquilhadora de sonho; consegui um penteado giro; e os noivos demonstraram ainda mais amor do que já é habitual e eu julgava impossivel.


Só digo: não aceito um Homem que não seja um terço daquilo que é o meu amigo noivo e menos aceito uma relação que não tenha nem metade daquele amor e respeito que se vê entre aquele casal de sonho. Tudo é mágico... a forma como se olham, como ele a acaricia quando a beija... o casamento foi pautado por detalhes. Nada lhes escapou. Nem a dança de abertura, onde a tradicional valsa foi substituida pela "Perfect" de Ed Sheeran com direito a coreografia cuidadosamente preparada.
Para mim, que até nem sou fã de casórios, foi uma honra, uma emoção à flor da pele, poder assistir a uma verdadeira prova de que o amor existe sim e pode ser saudável, sem questões tóxicas, onde um potencia o outro no seu melhor.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Yoga e frangos

Em 2014 fiz o meu primeiro retiro espiritual nas Caldas da Rainha e foi interessante. Aquém das expectativas mas pronto... foi o primeiro. Agora decidi fazer o segundo com um grupo no qual ando a aprender yoga desde setembro.
Resumindo: NUNCA MAIS!
Uma pessoa chega a Espinho às 21h cheia de fome, depois de um dia de trabalho que para mim começa às 5.20h da matina e o jantar é: bolachas de arroz com paté de beterraba. Desculpem?!? Eu ainda pensei que aquilo seria a entrada e recusei. Mantive-me à espera do jantar. Até que decidi perguntar se demoravam muito a servir... E aí veio o choque: "este é o jantar!". Respirei fundo várias vezes, perguntei outras tantas se estavam a brincar comigo. Lá decidi provar o "jantar" para enganar o estomago mas... não! Paté de beterraba?!? Bleergh
Fui dormir às 23h com o estomago aos gritos. Lá me deitei no chão, num saco cama.
Eis que as 5h acordo com um tipo a tocar guitarra dentro do "quarto". A tocar aquele mantar especifico deste grupo, uma e outra vez, mantra esse que tinhamos de entoar, dançar, gritar, mentalizar umas 40x diárias.
Lá me levantei e para minha surpresa a actividade do dia começava com 3h de yoga em jejum. Aqui já nem perguntei se estavam a gozar, depois da experiencia da noite anterior. Lá me dediquei ao suplicio de fazer yoga com frio, fome, sono. Finalmente, chegam as 9h e era hora do pequeno-almoço. Corro, passo à frente de todos e...

........ papas de aveia....

Eu detesto papas de aveia. Com banana. A única fruta que não como.
Respirei fundo. Muuuuuuuuito fundo.
Começa a enxaqueca devido à fome e à fraqueza. Toca de tomar um bruffen. Nada. Dois. Nada.
Diz o guru la da cena "Pára de te medicar! A fome é psicologica1Se não pensares nela, não a sentes". Subi a sobrancelha até ao coro cabeludo e acho que ele entendeu o meu "vai levar no cu" mental.
Almoço. Período no qual já me arrastava... sopa! Ok, wu gosto de sopa mas... só sopa? Comi duas e não chegou. Estava a morrer de fome. E ao explicar ao cozinheiro do retiro que estava a passar fome, a resposta foi "queres uma bolachinha de arroz?". Pó car***** !! Depois deram-me uma salada estranha, cujo nome era "Salada de folhas espontaneas". Lá espontaneas eram, cresciam em qualquer lado com certeza. Meti aquilo há boca e pareciam urtigas!
Até que um senhor diz, "Eu vi uma urbanização a uma meia hora daqui quando chegamos... às tantas tem um cafezinho": O quê?!? Repita la faxabori? É que nem pensei mais nisso! Fugi a meio de uma meditação, fiz-me à estrada e não só consegui café como uma churrasqueira. Agora atentem no cenário: eu, sem maquilhagem, borbulhas na cara do stress e de me coçar, roupa foleira e velha de andar por casa tipo pijama, com umas galochas, as meias por cima das calças, olheiras, o cabelo num carrapito estranho, a entrar restaurante adentro e dizer com ar de pedinte "um frango por favor! Um frangoo!!".
Posso adiantar-vos que o ambiente entre mim e o guru não ficou nada porreiro quando regressei, ele me perguntou onde me tinha metido e lhe disse a verdade. No dia seguinte fugi de novo e levei 5 pessoas comigo, numa espécie de motim.
A esta peripécia junta-se o facto de uma louca ter caído de amores por mim e partilhar todas as fantasias sexuais que sente pelo seu psicoterapeuta, o facto da pila do namorado ser pequena e não a satisfazer, quantas vezes fazia o numero 2 e a comida lhe caia mal... enfim! Uma semana depois fez-me ir ao seu aniversario, relembrando varias vezes que sou uma "ganda maluca!" que sobreviveu ao retiro com ela.
Para finalizar, isto foi em fevereiro e só ontem voltei às aulas de yoga. No entanto percebi que nem 3 meses de ausencia me fizeram esquecer o nojo que apanhei a estes gajos e ao maldito mantra. Bye curso de yoga!

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Presos no Estrangeiro (produção Tuga)

Já não posso ouvir aqueles que dizem "Tu vê lá que ele é mexicano e essa gente é toda narcotraficante" ou "Mas tantas flores que ele te manda para Portugal? Mau... alguma coisa má quer!" ou "Outra vez prendas? Hum.... já tou a ver, é obcessivo! Os latinos são todos assim, depois espancam as mulheres!".
É que pré-conceitos e preconceitos todos temos, até eu! E eu que me considero racional, já estou suficientemente estressada por estar a viver uma história tudo menos racional. Agora com tanta gente a dizer-me que o rapaz é eventualmente um psicopata que me quer traficar, não ajuda!
O mexicano que conheci na Turquia continua a ligar-me todos os dias. As coisas estão super bem. Já passou bastante tempo e nada mudou ou esmoreceu. Mandou-me um lenço Salvatore Ferragamo de prenda de anos (que pesquisei no site que custa 300€), mandou-me souvenirs de toda a sua viagem a partir do momento que me conheceu, continua a mandar flores e hoje mandou-me uma caixa da Nestle para pequeno-almoço com bolos, bolachas, frutos secos, sumos e leite, café e chás, um peluche e uma rosa. Eu encaro tudo isto como a forma que alguém que está do outro lado do oceano tem de se fazer presente: com coisas materiais. E tambem porque putas e rins existem mais perto e mais barato, digo eu! Para mula de droga, sair-lhe-ia cara! Além disso, na Turquia fui eu que meti conversa com ele e o convidei a sair ao ouvi-lo falar de política e a ler Aristóteles. Impressionou-me. Porque ele nem tinha olhado para mim.
E tem-se mostrado um amigo incrivel, altruista, que até pesquisa campanhas de violencia de género e no namoro para me mostrar, para que me possam servir no estágio, reconhecendo justamente que no país dele o machismo é uma praga.
Mas já tenho a cabeça cheia e fazem-me duvidar e ficar paranoica!

Este fim-de-semana...


E acabaram-se as viagens!
Que já tou cheia de trabalho acumulado e muito peso na consciencia.

domingo, 25 de março de 2018

Do estágio

Quando escolhi o meu actual estágio, confesso que o fiz por uma questão de proximidade geográfica e por achar que seria mais fácil. Depois até me culpei por estar a escolher uma área onde talvez não aprendesse muito ou não fizesse tanta diferença social. Mas agora...
Conheci a A., que nasceu rapaz num país de leste, numa zona rural; foi abusado toda a infancia pelo pai, até que conseguiu fugir para a cidade grande onde todas as pessoas que lhe ofereceram ajuda foram abusando dele de diversas formas até o meterem numa rede de trafico humano e prostituição. Lá conheceu um cliente que lhe pagou uma mudança de sexo sem condições nenhumas na Tailandia (ainda nem conseguimos perceber se de facto desejou esta mudança) e foi toda uma panóplia de abusos e agressões e crimes até chegar a nós.
Já li sobre coisas muito piores em países árabes! Mas ter a pessoa ali, à nossa frente, destruida, a contar-nos tudo... é devastador! Mantive-me profissional, segurando diversas vezes a emoção. E é incrivel e esmagador perceber a falta de respostas para ajudar um ser humano, maioritariamente por questões burocraticas. Não se entende!
Nunca tinha visto uma pessoa com a identidade completamente destruida; só diz que gostaria de ser uma planta, que é um mamifero, que não é gente, que não tem nem pode ter sentimentos. Que rumo levará um ser humano a não se ver como tal?
Estou completamente chocada mas com a certeza absoluta que afinal escolhi o local de estágio certo.

sábado, 17 de março de 2018

Da Turquia

Allo, gente bonita! Regressei finalmente no dia 19, com mais umas aventuras depois pelo caminho mas... já estou há quase 1 mes de volta ao trabalho.
Posso-vos dizer que a minha viagem à Turquia foi "só" a melhor viagem da minha vida!
Fui com uma amiga (e só Deus sabe que eu nunca viajo acompanhada e detesto) e com um guia para ambas. Estava muito reticente mas a verdade é que, só, não teria feito tantos quilometros. Percorri e conheci 30% por território turco, um país cuja área é o dobro da Alemanha.
O nosso guia era bastante porreiro, respondeu pacientemente a todas as minhas questões extra sobre emprego, religião, machismo, saídas a noite, migração, curdos e política.
Viajar acompanhada foi... esperava pior! Tivemos momentos de tensão mas soubemos resolve-los. Também eu comprei um tour... portanto, com ou sem a minha amiga, estar sozinha nunca seria opção; eramos as únicas portuguesas e tinhamos um guia só para nós; os restantes eram espanhois, mexicanos, argentinos, colombianos, etc, que dividiam um guia entre todos (eram uns 23, se não me engano). Eu que ia de férias para "desconectar" acabei a falar espanhol como sempre!
Ora bem, pareceres:
- a diferença da moeda é muito grande! A Turquia é um país super barato e dá para fazer uma "grande vida" lá com poucos euros.
- eu tinha o preconceito da religião e do machismo, que não se verificou de todo! Supostamente, o Estado é laico, ainda que o actual presidente deixe claro que não é bem assim... há tantas mulheres de véu na rua como sem. Não vi nenhuma falta de respeito para com as mulheres e notei até grande preocupação com colocar diversa informação em diferentes locais, esclarecendo que a mulher é igual ao homem e portanto só deverá usar véu se lhe parecer e nunca obrigada ou pressionada por outros. Os casais tinham demonstações de carinho normais, as crianças são profundamente educadas, ninguém grita ou cospe no chão. Saí à noite e vi turcas vestidas como as europeias, com tops, saias, tatuagens.
- Nunca vi homens mais cavalheiros! Não passam à frente de uma mulher para nada, seguram a porta, pagam a conta. Quero um turco para chamar de meu!
- Logo na primeira noite, pedimos para assistir a uma oração e aí sim, foi-nos pedido que escondessemos o cabelo mas, claro, convidaram-nos a entrar. E foi uma experiencia única! Muito bonita.
- O amor aos animais... eles são o futuro a seguir! Ao que parece no Corão há uma passagem que menciona os animais como servos de Deus, mas sem voz; aqui na Terra. Essa mesma passagem alerta que no dia do juizo final os animais falarão. E sabe-se que eles são puros e não mentem. Logo, se um animal acusar uma pessoa de maus tratos, essa pessoa perderá o acesso à vida eterna. Há então um grande respeito e cuidado. Há animais em todos os lados, sobretudo gatos, amados, cuidados e respeitados. Até nos edificios há casinhas em madeira para os passaros.
- Andar de balão quente... nunca mais! Que seca!
- Fui pedida em casamento por um comerciante do Grande Bazar... e o pior é que foi a sério. Para eles é normal "bater o olho" na moça e querê-la. Amor? Constroi-se! Educado como todos, mimoso e adorável, com 22 aninhos. E dizia-lhe eu, "Mas eu tenho 28 anos!". E replicava ele "Mas parece que tens 24!". Oh Deus...! E acabou por oferecer umas quantas coisas à minha amiga em troca do meu facebook. E lá me vai escrevendo de vez em quando.
- Ficamos presas no lado oriental de Istambul. Fomos andar de ferry e anoiteceu e não vimos os horários. Fomos ajudadas por 2 trabalhadores das docas que nos ofereceram entrar no seu gabinete, nos deram yogurte turco, segundo eles o melhor do mundo e nos colocaram à frente de um aquecedor, enchendo-nos de perguntas sobre a europa e o nosso estado civil
- Da Capadócia trouxe uma das memórias mais incriveis que terei até ao fim dos meus dias... um pretendente! Estava eu na sauna do hotel já a dormitar, quando entraram dois rapazes a falar num inconfundivel tom e vocabulario mexicanos. Falaram, falaram, um deles até sobre andar com várias mulheres... até que entrou na sauna uma senhora argentina de 60 anos, adoravel, com a qual tinha feito amizade e me fala em espanhol e eu respondo igualmente em espanhol. O que tinha estado a gabar-se de comer muitas gajas saiu disparado de vergonha. Ficou o outro, estupefacto, a olhar-me, "Então tu és espanhola, estavas a ouvir a nossa conversa e não dizias nada?". E eu "Não tenho nada que me meter! E sou portuguesa!". A partir daí desenrolou-se uma longa conversa, pois  este rapaz tinha estado em Portugal há 3 anos e é um apaixonado de Lisboa. Mais tarde, encontrei-os a jantar no hotel e convidei-os para ir até um bar na cidade, com musica ao vivo. O que tinha ficado a falar comigo pediu-me o numero, caso decidissem juntar-se a mim após o jantar. E assim foi... fui sair com a senhora argentina e com outra rapariga que tinha conhecido, colombiana e lá me ligou o mexicano a perguntar onde andavamos. Sentou-se à minha frente, falamos toooooda a noite, de literatura, de politica, de viagens. Depressa vi que era um homem muito culto. No dia seguinte separamo-nos. Eu continuei na Turquia, ele foi para o Egipto. A partir daí falamos dias inteiros, eu partilhei o que visitava com ele e vice-versa. Cheguei a tomar um café em Bergamo com vista para o Partenon, Grécia, graças à video chamada. É como se o conhecesse desde sempre! E... aquela noite foi a 31 de janeiro... e tanto tempo depois continuamos a falar todos os dias e a descobrir algo incrivel. Só ao meu emprego já chegaram 3 ramos de flores e um lenço Salvatore Ferragamo que, pesquisando, vi que custou 300€ (sim... ele vive bastante bem). Um dia de cada vez e vamos ver o que sai daqui. Mais que não seja uma memória incrivel do mexicano que se apaixonou numa sauna da Turquia! Agora falta decidir a data para ele vir cá e vermos o que sentimos ou não pessoalmente.

Mesquita Azul, Istambul

Palácio Topkapi, Istambul


Chá na Ponte Galata

Cruzeiro no Bósforo

Aquele momento em que chamaram uma voluntaria para fazer ceramica de formato suspeito e... calhou-me a mim! Uns dias depois num desfile de uma empresa de casacos de couro, quem acham que chamaram para desfilar? Pois...

O meu presente por ser uma talentosa ceramista das Caldas


As famosas casas de pedra da Capadócia

As danças Dervixes

O dinheiro mais mal gasto de sempre

 


As chamadas Chaminés de Fada

Igrejas Paleo Cristãs

Sultanhani

Konya

Já pesquisei sobre esta filosofia e é admiravel

Pamukkale


Éfeso

Casa da Virgem Maria. Diz o Vaticano!




Izmir

Eusculápio

Troia


Do outro lado, a Europa


Fiquei a saber que a Turquia teve um grande homem como fundador: Ataturk

Impossivel não se apaixonar por Istambul


sábado, 13 de janeiro de 2018

E diz que a Maia tinha razão (parte II)

E diz que este ano os peixes vão ter uma vida amorosa "ímpar".
Eu cá continuo na mesma mas ao que parece um querido amigo enviou-me isto pelo correio:



Estou tão, mas tão feliz!
Esta é uma daquelas amizades raras, esquesitas mas especiais. Conhecemo-nos nos blogosfera, num outro blog que eu tinha, a meu nome verdadeiro. O dele tambem era dentro do genero e entre comentarios mutuos, la fomos trocando uns mails. Descobrimos depois que tinhamos um conhecido em comum, o pai de uma amiga minha. Eu devia ter uns 15 ou 16 anos e ele uns 20... Se isto poderia parecer estranho a verdade é que não foi. Marcamos um encontro (coisa que não costumo fazer mas ao ter o pai da minha amiga em comum com ele, pareceu-me seguro) e não me arrependi. Ele era a pessoa que mostrava ser, inteligente, sensivel, um homem correcto e admiravel. Mais de uma década depois e com algumas visitas que mantiveram amizade acesa, foi com enorme surpresa e carinho que recebi este convite de casamento. A noiva nem imagina a sorte que tem. Conseguiu o principe que todas desejamos!
Agora só falta convencer uma amiga a ir comigo... eu e ele não temos amigos em comum que vão ao casamento. Acho que me sentirei meio deslocada... as minhas amigas acham estranho e meio lesbico serem minhas acompanhantes mas tenho de convencer alguma! Isto de ser solteira tem muito poucos inconvenientes mas este é um deles.
E ainda tenho de pensar a sério na dieta... estes quilos todos ganhos em Lisboa não ajudam nada a entrar e ficar incrivel nos vestidos que andei a ver hoje:




PS: vá lá, torçam por mim, apoiem-me na missão Bikini Matrimonio 2018. Não tenho um único vestido longo e acho que eles só ficam bem em mulheres mais magras e elegantes. Redondinha como estão, não vou gostar de me ver...