sexta-feira, 14 de abril de 2017

Sobre o penúltimo post

Entendemos que a própria sociedade pressiona as mulheres e não lhe confere nenhum outro talento ou destino se não a maternidade, quando em todas as novelas e desenhos animados, o final é pautado pelo principe, o vestido longo, bonito e futil, o casamento e o bebe.
Neste sentido adorei ver o final da novela da SIC, Sassaricando, onde a personagem Camila, uma fotografa que leva muito a sério a sua carreira, o seu desejo de viver sozinha no seu apartamento, desligada de afectos familiares, termina com o seu namorado (enfim, a questão do amor sempre, o que até torna "bonitinha" a historia, confesso... quem não gosta de sentir borboletas no estomago?) mas sem casar. Acede ja depois de muito tempo a viver junta e lá pondera, por ele, numa cedencia equilibrada e madura, adoptar uma criancinha com uns 6 / 7 anos. E na última cena comenta outra personagem "Ela mudou mas não deixou de ser ela. Jamais teria paciencia para uma gravidez". E eu amei!! Amei! Um final feliz diferente, com uma mulher que tendo até cedido por amor, não perdeu aquilo que a caracterizava. E o seu par romantico mudou também e abriu mão da igreja, do filho biologico, pela mulher que ama como ela de facto é.
Por mais finais assim e por mais pessoas assim, reais, perto de nós, que nos aceitem e amem de modo equilibrado.

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