No proximo ano, com o estágio e aulas até as 21h, torna-se dificil viver no campo. Os autocarros são praticamente inexistentes e eu chegaria à aldeia do lado perto das 22.30h sendo que lá so me restaria apanhar taxi.
Surgiu a possibilidade de me mudar para a única zona de Lisboa que simpatizo, calma, bairrista, a beira rio, um t2 enorme a pagar 300€, sendo que iria dividir casa com uma amiga e ficaria metade do valor para cada.
PROBLEMA: tenho de fazer umas obras. De melhoramento, claro. E a mão de obra serão os nossos pais. Mas a mulher, para aceder a uma renda destas, teve de ser iludida: apresentei-lhe um falso orçamento onde, sendo grande parte dos trabalhos verdade, a mão de obra é que está como tendo sido contratada a uma empresa. Perante um elevado orçamento, ela acedeu a uma renda de 300€. Agora o meu pai está a stressar e a deixar-me a mim em panico porque diz que, como aleguei que um canalizador irá refazer a canalização existente, se depois eu saiu da casa e ela vê que os canos são originais, pode-me causar problemas, até legais.
Eu que estava entusiasmada, estou agora em panico!
Mas porque iria ela rever os canos se eu me mudar dentro de 2 anos (tempo planeado para me ver livre da cidade)?
Nao estão dentro da parede?
E a parte electrica? Aleguei que iria refazer tudo mas na verdade vou so substituir o que não funcionar ou estiver queimado. Mas ela teria como saber que os fios bons são os originais?
Mudo-me ou não?
Sendo que ela também pensa que vou sozinha. Se soubesse que somos duas, aumentava a renda fazendo-a à cabeça e pedindo 300€ a cada. Também receio que algum dia um vizinho lhe diga "Sim, AS vizinhas são simpaticas". A mulher tem 70 anos e vive longe de Lisboa, raramente cá vem, tem o marido doente. Mas não sei, agora fiquei preocupada de tantos bixos que me meteram na cabeça.
Que faço?
Actualmente estou numa aldeia simpatica, muito isoladora aos fins-de-semana, sem transportes apos as 19.30h e onde a casa é tão humida que a minha roupa fica verde e passo a vida a meter coisas no lixo. No inverno o vento é tão forte que me levanta uma telha e há noites que me chove pelo tecto da sala...