sexta-feira, 29 de abril de 2016

As novidades, seus cuscos que tanto perguntaram!

E na 2f lá voltou o Peixe do Norte.
Ligou-me logo pela manhã, enquanto tomava o pequeno almoço numa estação de serviço com a irmã.
Aproveitou para me convidar a lanchar mais tarde. Aceitei. Nervosa mas aceitei. Depois de tudo o que ele me tinha dito no fim-de-semana estava reticente como seria encontra-lo. Ele proprio dizia estar envergonhado. Já falavamos há umas 3 semanas, nestes relacionamentos modernos de hoje em dia, via redes sociais e só tinhamos ido jantar e ao cinema na 5f anterior.
Eram 15.30h quando ele me veio buscar a casa. Para meu espanto fomos lanchar a casa dele, uma quinta cheia de animais num sitio lindo. Brinquei com os cães, as cabras anãs, os cavalos e ajudei a irmã pequena a fazer os trabalhos de casa. Fomos caminhar pelo campo e fizemos uma pausa para ver o pôr do sol, trocar confidencias e atirar ervas e flores um ao outro que nem duas crianças tontas.
Jogamos bilhar com muita batota e cocegas.
Fomos jantar a Sintra, ver as estrelas na serra e terminamos a noite na praia das Maçãs, cheios de frio, sentados na areia humida. Eu não aguentei, mulher de coração quente e iniciei a conversa que já sentia estar entalada nas nossas gargantas há muito, "Porque me ligaste a dizer que tinhas medo? Medo que quê? Os bebedos dizem sempre a verdade, por impulso. E tu ligaste a dizer que estavas perdido por eu ter surgido na tua vida do nada. Sê sincero, por favor". E após um longo e embaraçoso silencio ele falou. Contou do espanto por sermos iguais, identicos, de gosto musical, literatura, desportos, crenças e postura perante a vida. Contou do surreal que era a forma como nos conhecemos e como sentimos que podemos dizer tudo um ao outro. Contou do assustador que é, assim que acorda, querer logo falar comigo e saber se dormi bem.
Beijamo-nos.
E assim ficou...

3f não nos vimos.
4f cheguei a casa já passava das 22h mas, normalmente, chego às 20.30h. E tinha uma surpresa. Lá estava o Peixe, gelado, sentado na minha porta, à espera desde a hora a que seria normal eu regressar a casa, com um pote de nutella e um cartão a dizer "Para tornar o teu dia mais doce". Fiquei encantada com o detalhe e convidei-o a entrar. Conversamos horas a fio, rimos, beijamo-nos e ele foi embora depois, preocupado em deixar-me descansar porque diz que não me quer na Universidade com sono.

5f veio tomar um café comigo. E a conversa foi desenrolando, já mais precisa. Diz ele que se esta a apaixonar em tempo recorde, que nunca lhe aconteceu e que não acha normal. Diz que adora estar comigo, que o faço rir, sentir especial e lhe dou muito carinho. Diz até que nunca pensou estar calmo perante a ideia de não ter sexo e conquistar-me com calma, pausadamente, focado em sentimentos e mimos. Falou, como que a medo, que tinha a certeza que mais semana menos semana surgiria a perspectiva de um namoro. Diz-me que sou bonita todos os dias, beija-me na testa e nas mãos, pergunta-me pelo meu dia, preocupa-se mais com os meus estudos do que eu, é alergico a gatos e fica aqui, entre o Eros e o Ícaro, a acaricia-los agarrado a um pacote de lenços. Abraça-me forte no seu 1.80m e faz-me sentir borboletas no estomago. Faz surpresas a toda a hora. Diz que não quer relações mas que está rendido à minha delicadeza. Chama-me princesa sempre.

Eu vou-me deixando mimar, de coração mole, sem pressas nem travões, saboreando esta doçura suave.

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