segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Coisas & Cenas

Nunca tinha ido a uma festa Universitária que terminasse tão cedo.
Explicaram-me os motivos, desde deliquencia a conjugação de horários para transporte e toda a panóplia de situações e equações que fazem parte da vida em Lisboa e... é oficial: é impossivel viver bem aqui! Mas enfim, há que mastigar e ruminar esta porcaria nos próximos 3 anos. Que vidinha mais triste se vive cá.
No entanto, não sendo a festa mais longa e incrivel no ano, serviu para me distrair.
Acabei por ficar a dormir em casa do avô de praxe da minha colega, o tal que conheço mas não via há 8 anos. Tem sido uma agradável surpresa. Tornou-se num homem bem maduro e interessante (dentro dos possiveis, já que está há 8 anos a fazer um curso...) e tem sido bom conversar com ele.
O domingo chuvoso foi passado da forma mais caseira de sempre: chá e Monopólio com a colega de casa.
Hoje é dia de aulas e limpeza, que amanhã bem cedinho, ainda o sol estará a nascer, chega a Portugal o meu amigo mais querido.





sábado, 24 de outubro de 2015

Diário de bordo

- Ter uma colega de casa com 18 anos e que frequenta um curso de gajos dá muito jeito. No outro dia trouxe cá a casa o padrinho e o avô de praxe. E como o mundo é pequeno, o avô foi da minha turma no secundário. Não nos víamos há 8 anos! Falámos muito, rimos, diverti-me. Tanto que a vizinha da frente veio avisar que chamaria a polícia se não nos contivessemos no tom elevado das gargalhadas. A partir dessa noite tudo foi melhorando. O padrinho da minha colega quer que vá conhecer Lisboa com ele e o avô vai-me levar amanhã (hoje, sábado, que já vamos madrugada dentro) a uma festa Universitária depois de jantar em casa dele com montes de gente que não conheço.

- Esta noite (sexta) fui ao jantar de aniversário de uma rapariga da minha turma que tem-me apoiado imenso nesta fase.

- Nunca mais me isolei nem chorei. Continuo a não achar grande piada a esta cidade mas... há que digeri-la.

- As frequencias e os trabalhos aproximam-se e eu ainda nem tirar fotocopias fui! Ando a arrastar isto tudo...

- Tenho tido insónias. Sinto-me exausta nas aulas mas chego a casa e sono nem vê-lo. Tenho o quarto todo desarrumado e só me apetece dormir de manhã.

- São 2.39h, estou super desperta mas... tenho o quarto desarrumado, não tenho um espaço limpo para estudar e... não tenho o que estudar porque nunca fui às fotocopias. Problemas em cadeia. E terça-feira chega o meu amigo valenciano a Portugal e eu não tenho nada adiantado para depois me poder baldar à vontade e ir com ele conhecer sítios. Acho que o plano de o levar ao Porto terá de ser repensado. Se ele for sozinho (e sei que ele adora viagens a sós, como eu) pode facilitar-me a vida. Ele vai e eu tenho silencio para estudar.

- O amigo sexy decidiu que não partilhará nada da sua vida amorosa/sexual comigo para não me magoar. Ridiculo. Tive de lhe explicar que tenho 26 anos e já ultrapassei o fim de uma relação de 3 anos com data de casamento marcada, não sendo ele o grande amor da minha vida. Pode partilhar o que quiser comigo como sempre fez dentro da nossa cumplicidade e amizade. Não me vou sentir melhor nem pior. Life goes on...

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sempre na ilusão

E depois de vários anos sem falar ao meu progenitor, eis que a compaixão se abateu sobre mim no ano passado e acedi que ele voltasse a entrar na minha vida. Nunca acreditei na sua mudança mas enfim, ter 50 anos e nem um amigo é coisinha para me fazer ter pena.
De vez em quando tento abrir-me com ele, tento criar laços que nunca existiram mas desiludo-me sempre. Ele é e sempre será assim. Não adianta esperar luz de quem vive na escuridão.
Tentei contar-lhe que me sinto deprimida aqui. Resposta dele? "Logo vi, eu também nunca gostei de Lisboa. Isso é um castigo. Devias vir-te embora. Se não tens condições para estudar nem chegar mais longe, desiste já. Não vamos perder tempo nem dinheiro."
Uau... pai do ano. Quanta crença em mim.
Por acaso já tive uma depressão uma vez. Há uns dois ou três anos. Esse periodo ficou meio borrado na minha memória. Foi extremo, foi duro, atingi o fundo do poço mas voltei. Tornei-me numa sombra, num nada. Mas reergui-me. E sem médicos nem medicamentos. Simplesmente destrui-me durante 3 meses até bater bem no fundo e perceber que já só podia subir a partir dali. Procurei ajuda, pessoas e consegui.
Neste momento fiz o mesmo, abri-me com amigos e colegas, expliquei que não me sinto bem aqui e que por vezes temo não ser uma fase. Penso várias vezes em desistir mas sei que não sou assim. Sou positiva, forte. Tenho de voltar a sê-lo! E aqui encontrei algumas pessoas dispostas a ajudar-me. Por isso, ver esta descrença toda naquele que me deu vida... Maldita mania de ver luz em todos os corações!


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Nim

Alguns me perguntam se estou assim, em modo deprê, pelo amigo sexy.
A resposta é confusa até para mim. Sim e não. No inicio, andar distraida com ele, com as borboletas no estomago estavam a ajudar-me a estar bem aqui. Aquela espera por lhe ligar, por falarmos à noite mantinha-me feliz e focada. Quando decidi terminar o que tinhamos e tendo havido uma conversa sincera, claro que o afastamento foi inevitavel. Geograficamente já estamos e agora, sentimentalmente. Ele foi à vida dele, conhecer miudas, beber, pinar. Eu fiquei com o coração preso e rachado. Ele, sabendo que contribuiu para o meu mal estar aqui, que agora sem borboletas a realidade lisboeta caiu-me em cima, decidiu dar-me tempo e espaço. Resultado: já nem como amigos falamos. Bem, ele ligou ontem mas confesso que agora não sinto vontade de falar com ele, de o ouvir, de o ver.
Se por um lado sei que preciso de espaço, por outro entristece-me que a amizade se perca. Definitivamente, nunca mais volto a misturar as coisas!



A tríade terminou: já parti um coração, já partimos mutuamente e agora partiram-mo. Já chega, não?Só queria gostar de alguém que gostasse de mim e tornasse o meu Inverno mais caloroso. Será pedir muito? Um ser humano sincero, com vontade de amar e ser amado sem filmes, sem esquemas, sem orgulhos. Só amor.

Depois de uma semana assim:


Hoje começa uma nova.
Passei a semana trancada no quarto com rarissimas excepções. Nem sei se fez sol ou se choveu. Não fui às aulas. Deixei o telemóvel sem som e não falei com ninguém.
Porquê?
Porque necessitava estar comigo e dentro de mim. Precisava desesperar-me, descabelar-me, chorar. Assim o fiz.
Lisboa sufoca-me, sinto-me claustrofobica nos transportes, sinto-me infeliz. Será só uma fase? Ou eu nunca vou sentir-me confortavel aqui?
Já pensei desistir do curso. Mas não o farei. Relembro vezes sem fim os sinais, os sonhos, os impulsos que me trouxeram até este momento. Relembro vezes sem conta aquele casal.
Vou-me dar o beneficio da dúvida. Se até ao final do ano continuar a sentir-me infeliz aqui, terei de parar e repensar. Até lá, exijo de mim um mínimo de esforço. A partir de amanhã acabou-se o isolamento! Apesar de tudo devo ser grata. Este fim-de-semana tive inúmeras provas de que sou amada, tenho amigos que se preocupam comigo e devo valorizar isso. Não estou sozinha. Na sexta, três amigas pertencentes à mesma Associação que eu vieram-me buscar e levaram-me a jantar ao TERRA, um buffet vegetariano no Principe Real, com um excelente ambiente ao som de música clássica.
Fomos depois ao famoso Pavilhão Chinês. Adorei!
Ontem decidi ir até Setúbal fazer uma massagem, cuidar um pouco de mim. A massagista é mestre de Reiki e ofereceu-me um Japa lindissimo feito por ela.
Da minha turma, já 4 pessoas mostraram uma preocupação intensa comigo e têm-se tentado fazer presentes, mesmo eu ignorando o telemovel e dão-me apoio. Um rapaz, inclusive, que trabalha ao lado da Universidade, dá-se ao trabalho de me vir buscar para as aulas (e eu vivo fora de Lisboa).
Um casal de amigas (sim, lésbico) ouviu-me dizer que adoro Codornizes e foram comprar de propósito para cozinharem para mim esta semana.
Portanto, não estando feliz devo admitir que sou abençoada.
Hoje o desafio é apenas acordar cedo e ir ter com o meu padrinho de Queima que vive cá desde que saimos da nossa primeira licenciatura e é dos meus melhores amigos. Diz que me vai dar uma injecção de ânimo e programar mais tempo comigo.
Preciso urgentemente conhecer pessoas, criar rotinas e sentir-me bem aqui. Só me assusta o facto de toda a gente dizer que Lisboa é isto, ninguém tem tempo para se reunir todos os dias num café após o jantar, o convivio é uma miragem.
E esta solidão só me faz ter mais e mais pensamentos de merda. Dou por mim a sentir muita falta do amigo sexy, que sendo uma dor de cabeça, era um dos tais amigos com os quais tinha uma rotina diária. Riamos muito, viajávamos. Mas esta saudade faz-me ter pensamentos idiotas, questionar o que foi dito e feito por ambos, massacrar-me. E a B? A B, graças a Deus, vem em fevereiro estagiar para cá. Pelo menos durante 6 meses terei uma "irmã" junto de mim. Tentamos falar por telefone todos os dias mas não é suficiente. Ela deseja vir para cá e eu adoraria voltar para lá, aquela cidade tão querida.
E o M., o meu amigo Valenciano? Esse, viu a luz e a nossa amizade e vem dia 27 para Portugal para passar 2 semanas comigo. É a única alegria que me conforta neste momento! Dia 27 chega rápido.



Pavilhão Chinês

                                                      Nota mental: começar urgentemente a fazer Reiki todos os dias


                                                                   Em Setúbal, num espaço maravilhoso


                                                                Eu! A pensar como encarar os leões

                                                                Eu! A pensar como encarar os leões

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Help, povo da Capital!

Para quem é de Lisboa ou apenas cá decidiu viver, coloco uma questão: como se sobrevive feliz aqui?
Nos transportes parecemos sardinhas enlatadas, demora-se horas para fazer algo simples que na minha anterior cidade demoraria 15min, tudo é ruidoso, tudo são estrangeiros. Diz uma grande amiga minha que ama Lisboa por ser impessoal e cada um ter a sua vida. Credo! Justamente por ser impessoal, me transmite algo sem sabor, sem identidade. Sinto que não conheço outros seres humanos e sim que tropeço em gente e mais gente. Isto é claustrofóbico!
Esta semana entrei em modo de negação. Não quero viver aqui. Não vou ser feliz aqui. Não vou conhecer pessoas interessantes aqui. Tudo é correria, tudo é vazio, as pessoas são superficiais. E dei por mim a não ir um único dia às aulas e hoje aconteceu o surreal: entrei numa Igreja e chorei. Igrejas? Eu? Valha-me...
Depois, só para ser minimamente coerente, fui a um centro budista conhecer um monge amoroso e ouvir uma palestra de mindfulness. Que dada a minha ansiedade não serviu de nada.
Eu mudo sempre de cidade, não é novidade. Tenho em mim uma enorme necessidade de não criar raizes, de conhecer mais. De ano a ano, lá estou eu de mochila às costas. Mas desta vez, sendo que ainda nem passou 1 mês desde que aqui vivo, bati o meu próprio record.
Detesto esta cidade!

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Maktub

E vem o Destino e faz-me ler isto que nem sei quem escreveu:

"Ninguém se dá ao trabalho. Não há tempo, não há merda nenhuma. Talvez porque não vale a pena ou porque é feio, horrível, mau e penoso. Ninguém quer conhecer ninguém. Só temos tempo e vontade para ver a superfície das coisas. Somos objectos de troca, bonitos acessórios cujo interior não queremos nem imaginar. Vivemos no medo, ou não sei. Somos um corpo que quanto menos conteúdo tiver melhor. E isso, isso é tão triste."

Não quero ser moderna


Vocês sabem que sou um ser espiritual. Faço meditação há mais de 2 anos e sou Reikiana nivel II. Gosto de conversar com o Universo, tentar ler os sinais, tentar viver mais dentro de mim.
Acredito no Destino, que tudo tem a hora marcada (não devendo por isso ficar sentados à espera e sim percorrer o caminho até lá, irmos de encontro ao nosso Destino). Acredito que todas as pessoas são a pessoa certa; as boas permanecem e ajudam-nos, as más ensinam-nos e ajudam-nos igualmente, de outro modo evolutivo.
E acima de tudo acredito que todas as respostas estão dentro de nós. O problema é que o quotidiano faz tanto barulho e não temos tempo ou atenção para ouvir.
Eu esforço-me. Cada dia mais! Quero muito ouvir-me, conhecer aquela voz interior que tantos mestres ao longo dos séculos têm mencionado.
De vez em quando saiu de mim e vou para a esquerda para entender que afinal é na direita que me sinto confortavel.
Foi o que aconteceu com o Amigo Sexy. Achei que ser uma mulher bem resolvida e moderna era aceder a aventuras, separar o corpo do espirito, ser "livre, leve a solta". E não digo que não seja mas para mim não. Percebi que esta coisa do sexo sem sentimentos é muito vazia. O que se ganha numa noite com um tipo pelo qual só sentimos atração? Um orgasmo? E nem é garantido! Claro que eu ganhei outro tipo de sentimentos por este moço mas a realidade é que, em termos práticos, ele era só meu amigo com beneficios. Ora se ele quiser começar a dormir com mais 50, eu faço o quê? Não posso cobrar nada, não tenho o direito de me chatear... aliás, chatear? Se sou modernaça vou achar que ele faz bem, começo também a fazê-lo e fica tudo na paz do Senhor. Somos meio mundo moderno a fuder com outro meio mundo. Sim senhor! Capaz de ser giro só que não.
Nestas semanas que estivemos juntos, notei uma ansiedade crescente em mim, algo que sufocava. Nunca nada estava bem, irritava-me e fazia já pequenas cobranças. Tive até ciumes! Então surgiu a gota de água, "Raven, és demasiado importante para mim e não te consigo mentir. Fui sair à noite, bebi demais e fui para a cama com uma velha conhecida". Tcharan! O tal momento já previsto em que fico fula mas não posso porque não temos uma relação e tal e tal... que stress! Como é que há gente que vive assim? Bom, para quem realmente separa as coisas e come uma pila ou vagina nova todas as noites, tudo bem. Mas e para aqueles que começam a ter sentimentos e mesmo assim deixam-se ficar nesta onda do "amor livre"?
Ora eu que não sou boa nestas coisas da ansiedade que costuma despoletar em mim sintomas fisicos até, expliquei logo ao Amigo Sexy que racionalmente não estava chateada mas sentimentalmente queria mais que ele fosse levar nas traseiras! Comuniquei-lhe então que a nossa amizade continuaria a mesma, adoro-o, temos memorias e viagens girissimas juntos mas os beneficios terminaram. Tenho demasiado coração para aventuras fisicas!
E percebi assim que cada um é como é, somos essencias diferentes em rumos distintos. E eu não quero ser moderna! Quero ser eu. E eu, definitivamente, sou uma romantica que não se importa de ficar 10 anos sem sexo banal enquanto espera um amor intenso que proporcione orgasmos a sério, fisicos e emocionais.
Abaixo a modernidade e viva o coração de cada um de nós!

terça-feira, 13 de outubro de 2015

E depois existem aqueles que comem merda às colheres



“Os adolescentes estão a desafiar-se uns aos outros, através do Facebook, a desaparecem durante 72 horas seguidas para se tornarem conhecidos.”

In JN

Dos últimos dias




Pelo menos, as coisinhas do Eros já estão mais arrumadas que as minhas.


Apresento-vos a gata persa mais amorosa de todo o sempre! Dá a barriga constantemente para receber mimos e ronrona sem parar. Foto tirada em casa das donas da Juju (minhas amigas) na noite chuvosa em que lá dormi.

 Fim-de-semana de voluntariado

 Terço Hindu. A intensificar o meu caminho espiritual, cada dia mais importante na pessoa em que me estou a tornar

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

E após quase 3 semanas de aulas...

... confirma-se que aqui é tudo muito diferente da minha anterior licenciatura.
A Universidade é mais organizada, os professores mais profissionais. Mas por outro lado a exigencia parece-me menor.
Infelizmente, sendo uma licenciatura em Serviço Social encontrei alguns Manueis Marias de Fonseca e Sá e algumas Constanças de Cunha e Mello de Semedo e Andrade, que me fazem temer pelo futuro da profissão quando dizem, em tom anasalado e chique, que não querem participar no voluntariado com sem abrigos porque lhes dá nojo. Enfim...
Mas para os colegas normais, as Vanessas e os Jorges deste país, tudo me parece bem. Estou a formar um grupo porreiro. Alguns até gostam das mesmas coisas que eu, meditação e coisas alternativas. Estamos já a combinar alguns voluntariados e projectos em conjunto e tenho até um colega que me leva e trás todos os dias de boleia.
Apesar de Lisboa ser uma cidade onde se perde imenso tempo, até estou a gostar de cá viver.

Seus cuscos, pah!

É tudo a perguntar pela vinda do amigo sexy!
Pois então que eu meti-me linda e cheirosa e ele veio de madrugada.
Falamos, desabafou sobre as suas praxes, as aulas, os colegas. Não estava muito animado. E quando decidimos que íamos apagar a luz e dormir, ele lançou-se a mim e admitiu que tinha vindo todo o caminho a desejar beijar-me. Disse que a Cidade não era a mesma sem mim, que nunca pensou criar esta ligação comigo, que morria de saudades, que pensava em mim todas as noites. E enfim, envolvemo-nos. Posso afirmar que pela primeira vez na vida estou a ter uma aventura fisica. Bom, da minha parte não o é mas na realidade, é apenas isso. Ele diz todas estas coisas mas mantém a postura de "somos amigos, isto é só atração". Ora a merda! Com tanta gaja que tem lá perto e vem fazer imensos quilómetros de madrugada por mim?!?
Já estou farta desta visão e argumentação dele!
Há dias chateei-me deste "chove e não molha" e disse-lhe que me ia afastar, deixar até de lhe falar por uns tempos para organizar o que eu sentia. Entrou em panico! "Não te afastes, eu prefiro amarrar-me numa cruz e chicotear-me para evitar lançar-me a ti do que perder-te, eu prometo que faço jejum de Raven ainda que a muito custo". Sim, ele disse estas pirosadas todas.
Na semana passada fui 2 dias à Cidade, ele soube mas eu não quis estar com ele. Ele tinha tido uma atitude muito fria que me pareceu mal e decidi que não lhe atenderia sequer o telemóvel até regressar a Lisboa. Assim fiz e ele faltou às aulas desesperado à minha procura, foi várias vezes ao meu antigo local de trabalho, telefonou a amigos meus, bateu à porta de casa de amigos meus e ligou compulsivamente.
Custou-me estarmos próximos e não estarmos juntos mas teve de ser.
No entanto, depois de muito pensar, a verdade é que eu gosto de estar com ele. Nós nem conseguimos estar juntos sem sentir este iman fisico. Portanto, tenho agora de criar a linha da ZON que separa: o meu coração, que deve ser protegido e devo entender que este gajo não é nada e focar-me em conhecer outras pessoas interessantes do meu corpo que deve entender que é bom estar com o amigo sexy sem racionalizar muito a coisa senão dá merda.
Veremos os próximo episódios.







É tão bom ouvi-lo desabafar, os dois nus, a partilhar o dia, a dividir experiências, a planear viagens. É uma intimidade tão boa. E finalmente conheço um homem que não bebe, não fuma, tem objectivos de vida e não é um desastre.