segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A despedida

No sábado fiz algo bem infantil mas que na verdade era mais uma defesa do que outra coisa.
Decidi que me deveria colocar em primeiro lugar; proteger o que sinto.
Disse ao amigo sexy que me iria afastar dele e que ia até jantar com um tipo interessante, dar a oportunidade a quem realmente está interessado em mim e começar a beijar outras barbas, a abrir o coração a novas pessoas.
Disse tudo isto, nos olhos dele, e sai.
Ontem acordo com uma chamada dele: "Raven, queres ir a Sintra? Sei que é o teu sitio favorito de Portugal. Mostra-me". Fiquei atónita. Só consegui perguntar, "Mas agora? São quase 14h! Já não vamos aproveitar grande coisa. E tu não tinhas que poupar dinheiro para a tua entrada na Universidade?". Ele, "Sim mas as aulas começam agora e tu estás sempre a dizer-me que terei pouco tempo. E vais embora já esta semana. Não te verei muito mais por isso... vamos? Lembrei-me agora que podíamos aproveitar o domingo. Anda lá! E não estou a fazer isto por nada de mais, eu sei que estamos bem um com o outro. Não estamos?". Esta última frase pareceu-me estranha, introduzida assim do nada.
Lá fomos, jovens e felizes. Rimos muito, passeamos, partilhamos confidencias mais uma vez. E de noite, na serra de Sintra, deitados em cima do carro a ver as estrelas, ele abraçou-me e disse "Nunca te conseguirei fazer entender por palavras o quanto gosto de ti e o quanto és importante para mim. Só quero o teu bem, que te protejas e que sejas feliz. Nunca saias da minha vida, por favor. E sim, estou aqui a segurar-me para não te beijar". E diz isto tudo, o tipo que não tem sentimentos por mim.
AHHHHH!
Pela primeira vez, ouvi e calei. E nada aconteceu.



Nunca saberás mas para mim, esta é a nossa música. A que tocou e toca em cada viagem que fazemos, que surge entre nós como que por magia, a que nos caracteriza.
Oiço-a todos os dias.









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