domingo, 15 de março de 2015

É tanta humanidade que até me emociono…

Eu bem vos disse que o meu sábado à noite não estava a ser porreiro…
E hoje lá fui parar às urgências. Diz que tenho uma gastroenterite. E estou neste momento a fazer pescada com arroz, a dieta dos doentes.
A minha querida chefe ligou-me assim que cheguei às urgências só para me brindar com o seu carinho “Oh Raven, trabalha cá há 2 semanas e esta com gastroenterite? Não sei se está bem a ver que ter faltado hoje ao trabalho faz com que coloque o seu posto de trabalho em causa!”.
E fosse esta ameaça feita há uns meses, ter-me-ia desfeito em lagrimas. Hoje? Quero lá saber. O importante é a saúde e não pararmos. Já ando a pesquisar a hipótese de fazer um curso de alemão bem como voltar a estudar. E se voltar a estudar terei de mudar de cidade e já ando a verificar o emprego nas 2 cidades em que posso estudar o que quero.
O Destino está em aberto… que eu tenha fé para confiar.

10 comentários:

  1. 1º Espero que melhores rápido, rápido!
    2º Cada vez me indigno mais com esta merda de atitudes de quem tem o poder de dar e tirar empregos só porque andamos todos supostamente desesperados por um salário! Dá vontade de mandar a tua chefe para um sítio muito pouco bonito!
    3º Hoje vi uma imagem que dizia: "Life is too short to learn german" ahah Pensa nisso!
    4º Gosto mesmo que nunca deixes de ter planos!
    5º Desejo-te toda a sorte do mundo!!

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  2. Bom, eu vou ser a má da fita e "defender" a chefe. =P A verdade é que estás à experiência e este mês serve exactamente para ela avaliar o teu trabalho. E a avaliação que ela faz neste momento é: ela trabalhou duas semanas e depois teve de faltar ao trabalho por doença. Será que me dará jeito contratar uma pessoa assim, arriscando-me a que a cada 15 dias ela fique em casa doente?
    Obviamente ninguém fica doente porque quer, mas eu conheço o caso de uma rapariga que seja qual for o emprego que arranje, fica sempre por casa no primeiro mês (ou porque lhe dói o estômago, ou porque se constipou, ou porque teve um ataque de ansiedade, ou porque diz que torceu um pé....). E mesmo quem a decide manter, a manda embora mais tarde porque quase todos os meses algo lhe acontece e ela lá tem de ficar em casa novamente. Para o patrão isto também não é justo e ele assim não pode contar com o empregado.
    Não sendo culpa tua (que não é), a verdade é que a imagem que passa à chefe não é melhor.

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    1. Não vejo as coisas desse modo porque quem mais fica prejudicado é o trabalhador que, com ou sem justificação, fica sem receber o dia de trabalho. E no caso das baixas então... Deus me livre delas! Meti uma única vez e jurei para nunca mais.

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    2. Peço desculpa de comentar de forma anónima, mas não tenho blog e já sigo este blog há bastante tempo.

      Não consigo deixar de ficar surpreendida com atitudes como a da tua chefe. Por vezes temos de fazer um esforço e ir trabalhar mesmo não estando com a saúde a 100%, mas quando a situação obriga mesmo a faltar e ir ao médico, tal deve ser respeitado, até porque ninguém escolhe quando fica doente ou não, e ninguém fica feliz por ter uma gastroenterite com certeza. O facto de uma pessoa faltar por motivo de força maior, e isso colocar automaticamente "o seu posto de trabalho em causa" (para mim) é reprovável.

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    3. Não tem mal nenhum ser anónimo, obrigado pelas palavras! ;)

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  3. Não estou a dizer que o trabalhador também não perca com isto, mas também não estás a colocar-te no papel do patrão. Achas que ele não perde quando um empregado falta?

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    1. Sim, mas colocar dinheiro acima da saúde de alguém... sei que pelos meus valores não o faria.

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    2. Mas eu não estou a falar de dinheiro. Estou a falar de confiança. Quando se contrata alguém, queres acreditar que aquela pessoa vai estar ali para trabalhar. Obviamente que se ficares doente todos os meses, a culpa não é tua. Mas também não é do patrão que precisa de um emprego a trabalhar e não de um empregado em casa.

      Compreendo o teu ponto de vista, mas também lido de perto com uma empresa e bem vejo o que é um patrão estar a organizar trabalho e haver sempre alguém que falta, a quem dói um dedo, um dente, teve uma diarreia.

      Sou sincera, acharia a atitude da tua chefe reprovável se lá estivesses a trabalhar há meses e agora ficasses doente. Já terias provado que és de confiança, que não faltas por dá cá aquela palha, já terias mostrado que só ficaste em casa por não teres mesmo condições de trabalhar. Mas neste momento, no 1º mês de experiência, lamento, mas compreendo a senhora (não falo da maneira ou do tom com que falou contigo que isso eu não sei). Já vi empregados a deixarem o dia de trabalho a meio porque lhes dói o estômago mas à noite estão capazes de ir jantar fora com os amigos. Confiavas em pessoas assim, se fosses o patrão delas?

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    3. Nesses moldes não. Mas também jamais desconfiaria sem antes os vir a jantar fora após faltarem ao trabalho. Eu confio por natureza nos outros.

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    4. Mas e se eles não forem jantar? Se for apenas uma dor de barriga passageira, que passado um bocado passa? Não me pareces hipocondríaca e não te vejo a pedir ao chefe para sair do trabalho só porque te começou a doer a cabeça, ou porque estás com os músculos cansados, ou porque te dói a ponta de um dedo. Mas há quem o faça. Não para enganar os patrões, mas porque acabam por usar qualquer dorzinha para pedir uma folga. E neste caso, no meu ver, não são pessoas de confiança. Eu também já faltei ao trabalho por estar doente e nesse dia toda a gente me ligava porque se eu estava a faltar por estar doente, então devia estar mesmo muito mal e toda a gente queria saber de mim. Nem por um minuto o meu lugar esteve em risco porque eu já tinha provado que não era qualquer coisinha que me fazia faltar ao emprego. Agora se isto tivesse acontecido no meu primeiro mês, confesso que acharia normal o chefe desconfiar se eu estaria mesmo doente ou se não estaria a aproveitar uma dorzita para ficar em casa.

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