Sempre tive fé. Sempre
achei que este seria outro Zico em modo espanhol.
Mas o governo foi
implacável, alegou ameaça de Estado. Ameaça pública. E do que li, nem sequer há
teorias, muito menos certezas, sobre como se propaga (se é que se propaga) o
Ébola em animais. Aliás, nem se soube nem nunca se saberá, se o pobre Excalibur
chegou algum dia a ser contaminado pela dona.
O que eu não consigo é
meter-me no papel do seu dono, imaginar sequer fugazmente a sua dor, de
quarentena, afastado de tudo e todos, à beira de ficar viúvo, sem saber se ele
próprio não estará gravemente doente e vendo na TV que lhe invadiram a casa,
violaram a privacidade, para assassinar o seu melhor amigo, quiçá um filho.
Eu que já tive uma
doença mais complicada e optei por ficar 5 meses sem acompanhamento para pagar
um tratamento ao Eros, nem imagino quão dilacerante estará a ser este dia no
coração daqueles donos.
Sem palavras…
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