quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Nem sei que pense ou sinta…


Sempre tive fé. Sempre achei que este seria outro Zico em modo espanhol.
Mas o governo foi implacável, alegou ameaça de Estado. Ameaça pública. E do que li, nem sequer há teorias, muito menos certezas, sobre como se propaga (se é que se propaga) o Ébola em animais. Aliás, nem se soube nem nunca se saberá, se o pobre Excalibur chegou algum dia a ser contaminado pela dona.
O que eu não consigo é meter-me no papel do seu dono, imaginar sequer fugazmente a sua dor, de quarentena, afastado de tudo e todos, à beira de ficar viúvo, sem saber se ele próprio não estará gravemente doente e vendo na TV que lhe invadiram a casa, violaram a privacidade, para assassinar o seu melhor amigo, quiçá um filho.
Eu que já tive uma doença mais complicada e optei por ficar 5 meses sem acompanhamento para pagar um tratamento ao Eros, nem imagino quão dilacerante estará a ser este dia no coração daqueles donos.
Sem palavras…

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