quarta-feira, 30 de abril de 2014

Coisas surreais da Vida

2010. Foi o último ano em que falei com o meu Pai.
Eu fui um percalço na vida dele. Ele era aventureiro, gostava de viajar. Suponho que herdei tudo isto dele. Mas o inesperado surgiu. Uma irresponsabilidade. Engravidou uma das várias namoradas que tinha e foi obrigado a casar. Meses depois nasci eu. A minha mãe tinha 19 anos e ele 25. Dois anos depois nasceu o filho com Trissomia 21 que ele nunca aceitou. Como não queria ser pai, muito menos de uma criança diferente, maltratava-nos. Sofremos de violência psicológica durante largos anos. A visão dele era completamente disforme. Ele acreditava que ser Pai era dar dinheiro, garantir as questões materiais. A esse nível nunca nada nos faltou e tive o que os meus amigos não tiveram. Dinheiro nunca foi um problema. Mas e o resto? Amor? Um simples abraço ou um “gosto muito de ti, filha”? Esta educação teve marcas profundas em mim, hoje em dia sou uma adulta fria com dificuldade em expressar os sentimentos.
Em 2010, tinha eu 21 anos, achei que finalmente era hora de me ver livre deste tipo. Após mais umas situações graves e tendo o meu irmão já falecido, cortei relações com o meu pai e abri mão do dinheiro e pensão que ele me teria que dar. Logicamente, a minha qualidade de vida mudou muito. Congelei a matricula na Universidade e lancei-me à vida. Trabalhei como empregada doméstica em Madrid, fiz vários part-times e lá fui sobrevivendo.
Sinceramente, perder o dinheiro foi a melhor coisa que me aconteceu. Eu era mimada, parvinha, arrogante, pisava os outros. Achava-me melhor, mesmo não passando de um coração gélido que só tinha uma boa conta bancária. Tornei-me melhor pessoa longe do meu Pai, do seu dinheiro e daquele padrão doente e violento que ele gerou.
Só não contava que ele surgisse agora na minha vida.
Na quarta-feira passada, faz hoje 1 semana exactamente, ele convidou-me para jantar. Fiquei muito surpreendida e nervosa! Sempre o considerei uma reencarnação do demónio, o maior balde de merda à face da terra. Que quereria ele comigo? Aceitei, com os dois pés atrás e muita ansiedade.
Quando chegamos ao restaurante e nos olhámos, achei tudo tão estranho e ridículo que tive um ataque de riso. Uma estupidez, eu sei. E lá iniciamos a conversa… Eu acusei-o de tudo, relembrei o passado doloroso, ataquei logo. E pela primeira vez na vida, deixando-me surpresa, ele admitiu todas as agressões, as ameaças, os maus tratos, a porcaria de Pai que foi. Pediu perdão e diz-se muito arrependido. Pediu-me, implorando até, para que lhe desse a oportunidade de termos uma relação, ainda que sabendo não a merecer. Fiquei confusa… nunca tivemos uma ligação por mais mínima que fosse. Nunca o vi como Pai. Não tenho sentimentos por ele. Se me tornei numa mulher sem a ajuda e companheirismo dele, não há-de ser certamente agora que precisarei de uma figura paternal. Mas algo me deu pena e, seguindo o meu coração e acreditando que todos podemos mudar, decidi dar-lhe uma chance. Muito desconfortável, desconfiada mas dei-lhe uma oportunidade.
Já lá vai uma semana e não posso dizer que esteja a correr mal. No Domingo até me convidou para almoçar com ele e o meu avô e foi bastante agradável. Conversamos e rimos como nunca aconteceu em 25 anos.
Na segunda-feira tomamos o pequeno almoço juntos e hoje almoçamos. Creio que esta estranha e repentina mudança se possa dever a um novo amor. O meu Pai saiu de casa oficialmente na altura que começou a namorar uma brasileira prostituta. Ela andava à caça de algo seguro e ele caiu. Tirou-a do bordel e lá foram viver juntos. Essa “senhora” é de muito baixo nível, peixeira, provocou durante muito tempo a minha mãe sempre que a via. Mas agora, parece que o meu Pai entendeu a porcaria onde se meteu e conheceu uma senhora de outra cidade, viúva e que, pelo menos, parece decente, correcta, pacata. Está a tentar ver-se livre da brasileira que se recusa a sair de casa, casa que é dele, e quer iniciar uma relação com esta outra senhora. Talvez tenha sido ela a meter-lhe algum juízo e a fazê-lo entender que deveria cuidar da filha, a única que lhe resta. Seja como for, ele está interessado em mim, pelas coisas que faço, que gosto, pela primeira vez desde que nasci. Pergunta pelo Eros, quer saber da Associação Animal, questiona-me sobre o Reiki, quis até levar-me a um psicólogo porque me nota muito em baixo e fala-me de relações e do João. Nunca ele mostrou qualquer tipo de afecto ou sensibilidade e para mim tudo isto é novidade. No outro dia ligou-me e disse “Estou? Ravenzinha? Filhota?”. Comecei logo a rir, olhos esbugalhados, porque esta, sendo a linguagem natural de um pai para uma filha, nunca me foi dita.
Estou muito impressionada com este novo Pai mas começo a ganhar alguma confiança na sua mudança. Espero não me espalhar ao comprido.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Duro estudo


Inscrevi-me no código em Março do ano passado e finalmente hoje iniciei o estudo. Há algo na arte de conduzir que me entendia profundamente. Daí andar a engonhar. Na hora de pegar nos apontamentos / livro, tudo me serve de distracção. Portanto, a partir de agora, pego nas coisas e dirijo-me a uma esplanada tranquila, sem tv, net ou outros.
Já chega de “brincar”. Bora lá! Força na peruca! 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Fim de noite doce

Já experimentaram o Bolo de Caneca?


É um bolo que se faz com o intuito de caber numa caneca e ser feito em apenas 1min no microondas.
Pode-se fazer toda a receita ou comprar umas saquetas. Existem em qualquer supermercado, a minha custou-me 0.45€ no Pingo Doce.
E assim fiz, já perto da meia-noite, antes do início da minha novela para adoçar o meu fim de dia.

PS: o Bolo de Caneca, para já, só se vende em versão chocolate! 

domingo, 27 de abril de 2014

O Amor é uma loucura


Tudo mudou na manhã em que aceitei a minha situação. Há quase 2 semanas atrás.
Desde aí que a meta é: não perder a fé no amanhã, sorrir para o presente e aguentar firme. Mas não contava com esta…
Fui a casa do João buscar as quotas da Associação Animal. Não passei da primeira divisão, claro. Afinal, ele vive numa casa escolhida e mobilidade por mim. Acabamos 2 semanas antes dele se mudar e nunca cheguei a ver o resultado final. Prefiro não ver.
Primeiro, um clima tenso. Depois, palavras poucas, conversa de circunstância. De repetente, volta o tema do passado. E ele decidiu ser sincero e mexer-me com o coração, tirar-me as entranhas, virar-me do avesso e deixar-me com um buraco ainda maior no peito. Disse-me que me ama. Muito. Ama-me, não consegue nem pensar em conhecer outras mulheres, pensa em mim constantemente, em como deveríamos estar a planear a vida a dois naquela casa MAS que apesar de tudo, tem a certeza que tomou a decisão certa, que não éramos felizes nem nunca seriamos por um sem fim de coisas, posturas diferentes, educações opostas, estudos distintos, interesses antagónicos, a família dele, a família dele, a família dele… Pois, ele encravou neste ponto. Disse-me que não aguentava mais nem sabia o que fazer; de um lado eu, que só de ver na rua a mãe e a irmã dele tinha um ataque de ansiedade e do outro lado eles que me queriam longe e, inclusive, a mãe ameaçou que se matava se a nossa relação continuasse. Não o julgo, acredito que ele tenha sofrido tanto ou mais do que eu nesta relação. Mas o discurso dele foi tão egoísta. No fim, eu andei meses a culpar-me, a achar que devia ter aguentado mais, aceitado mais aquela família que me ameaçou fisicamente. Culpei-me e culpei-me. E descobri que ele, apesar do amor que diz ter, não se acha culpado de nada. Apenas uma vitima das circunstâncias. A relação correu mal por causa da família, por causa do meu feitio, e por aí. Ele deixou de ser ele próprio, ele penou, ele andou triste… tudo ele. Ah e desde que acabamos, sabendo ele que eu fiquei com alguns problemas de saúde na altura, nunca mais me ligou a saber como eu estava porque (adoro esta parte) ELE está mal, ELE precisa de espaço e tempo, ELE tem de se reencontrar, ELE saiu de uma relação difícil de 3 anos, ELE, ELE, ELE.
Resumindo: a parte de mim que o ama está feliz por saber que ele se mantém sozinho e bom moço. Não estou preparada para vê-lo com outra, por amor de Deus. Mas a minha outra parte forte, racional, com amor próprio, não consegue deixar de pensar como pude eu estar tanto tempo com alguém tão egoísta e mimado.
A parte boa disto? É que posso estar com a ansiedade a mil, um buraco enorme no peito mas no momento em que ele se aproximou de mim e disse que mexia muito com ele e lhe custava não me poder beijar, eu apenas pensei “E? Quero lá saber de beijos!”.
Soma e segue!
A dor mantem-se, já somos companheiras. Mas estou feliz por saber que não me apetece cair-lhe nos braços quando o vejo, não sinto falta dele fisicamente (nem penso nisso) e que afinal estou mais forte do que pensava.
Dói, dói muito mas sei que vai passar. E agora só espero não o ver em várias semanas, de preferência meses. Porque mesmo sabendo que ele é um egoísta infantil, o meu coração estremece cada vez que o vê.
Se a declaração dele sobre o facto de me amar e estar sozinho sem avançar com a vida dele teve algum impacto em mim? Me deu esperanças de algo? Não. Só fiquei mais triste por nos amarmos mutuamente e termos falhado em larga escala. Confirmei que este foi um amor doente e falhado. É triste. Fica um vazio. 

Valham-me todos os Santos!


Tenho tanto a escrever e tudo é uma dor de cabeça, um sem fim de bloqueios e emoções e stress e problemas…!
Quando digerir tudo o que me aconteceu nos últimos dias, venho aqui contar-vos tudo com calma e pedir os vossos conselhos como sempre.
Mas só assim, fazendo um resumito, coisa pouca:
1- O João declarou-se a mim
2- O meu Pai decidiu que quer ser meu Pai e assumir a responsabilidade
3- A minha mãe descobriu que jantei com o meu Pai e mal me fala
4- A minha mãe tem ciúmes de uma amiga minha e faz birras quando vou correr com ela
5- O Eros está doente há 5 meses e é só deixar notas no veterinário
6- Maio será o meu último mês empregada
7- TOU FARTA DE TANTO CONFLITO, CONFUSÃO, SENTIMENTOS BIPOLARES. Quero paz, calma. Esqueçam-me. Sei que tenho uma biografia curiosa para uns meros 25 anos mas já vai cansando.

A mamã diz que sou bipolar

Eu considero-me apenas maquiavelicamente inteligente, sorrateiro, interesseiro e ambicioso! Muahahah

Mas também sou um doce e pouso de santo quando quero!

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Há coisas que me tiram a fé nas pessoas e na minha paz interior

Estão casados há 10 anos. Ambos na casa dos 40 anos. Ela trai-o com um ex. Ele trai-a com duas amigas. Ambos sabem. Não por sinceridade mas porque descobriram coincidentemente. Como se pagaram na mesma moeda decidiram perdoar-se mutuamente e fazer promessas de mudança e fidelidade. Ambos falharam. As promessas voltaram. E tudo foi abaixo de novo. Mas o casamento soma e segue.
Eu? Sou a miúda infantil que não sabe nada da vida, que acha que o divórcio é algo banal e que não entendo que um casamento é algo muito sério, merecedor de todas as hipóteses e que não se acabam uniões de anos por qualquer “coisinha”.
Desculpem-me mas… FODASSE, obrigado Deus por fazeres de mim alguém minimamente decente que acha que o casamento é realmente importante ao ponto de não encornar ninguém! E não, o divórcio não é o remédio de todos os males e “coisinhas mínimas” mas é a consequência de actos de gente pequena. 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Se eu escrevesse a minha biografia…


…diria, sem falsa humildade, de forma bem consciente, que vivi experiencias únicas neste quarto de século.
Nasci com direito a tudo, numa infância privilegiada, numa vivenda amorosa, num sitio calmo, com bastante contacto com a natureza. Tive brinquedos a perder de vista, até as minhas Barbies tinham sanita e cresci livre, subia às árvores para colher amoras, montava vacas, cavalos. Tive uma ovelha de estimação que ia connosco visitar os avós, no carro, tal qual um cão.
Tentaram impingir-me o Catolicismo mas falharam. Lá fiz a primeira comunhão para ver a minha querida avó feliz e pronto, terminei a minha falsa carreira de amor a Jesus.
Vivi em imensos sítios. Nunca sei que responder quando me perguntam de onde sou. Tive um irmão com Trissomia 21 que nos fazia procurar a cada ano um especialista novo, um centro melhor, uma escola mais indicada.
A única coisa má? O nosso pai. Pai que tinha vergonha de ter um filho diferente, nunca o tirava de casa. Pai que acreditava que amor paternal era dar dinheiro, brinquedos. Aos 16 anos ofereceu-me uma mota. Nunca gostei de motas. Primeira voltinha para experimentar, cai. Esfolei-me toda, rasguei as calças e o meu pai correu para ver se a mota estava bem. Ao fim de 3 meses de equitação cai e, pelo stress e trauma do momento, as minhas vértebras prenderam, estive uns minutos sem movimento da cintura para baixo, imaginando-me paraplégica a uma semana dos meus 18 anos. O meu pai lá veio e levou-me ao hospital sempre reclamando do tempo que estava a perder com aquela ida às Urgências. Como marido era ainda pior, humilhava, ofendia, mal tratava.
Eu era tão tímida, reservada. Um bichinho anti-social. A adolescência despertou-me. Tornei-me, não sei ainda hoje como ou porquê, faladora, comunicativa e muito expressiva. Mas sempre com muito carácter, nunca fui influenciável, nunca fumei, nunca experimentei drogas e não bebo. Sinto-me bem assim.
Aos 17 surgiu a minha primeira viagem sozinha. E ficou o bichinho dentro de mim.
O futuro? Nunca me imaginei a nºao ir para a Universidade. Desde criança que sabia bem o que queria e qual a profissão. Aos 18 lá fui. Decorria o ano de 2007. E aí tudo mudou. A rapariga mimada, cheia de tudos, de certezas, dinheiro, segurança viu-se obrigada a crescer e optar.
O meu irmão morreu, o meu pai arranjou outra mulher e decidiu fingir que eu não existia. Tive de trabalhar para pagar os estudos. A Universidade deixou de fazer sentido, o curso desmotivou-me. Algo me dizia que eu não precisava de um curso para nada, que o meu rumo seria diferente, aventurar-me na Vida, perder-me para encontrar algo. Congelei a matricula e fui ver o que me reservava a Vida.
Trabalhei um verão inteiro como empregada doméstica na casa de uma Princesa espanhola em Madrid, fiz vários trabalhos e organizei eventos em Marbella e Mérida. Viajei muito. Fiz amigos novos e inesperados. Voltei ao Alentejo, a casa. O meu pai tirou-nos a casa e tivemos de nos fazer ao incerto, móveis às costas. Alugamos um T2. Eu perdida e confusa, a minha mãe rancorosa e cheia de ódio. Agora, 2 anos depois de termos perdido a casa, volta a acontecer. Eu fico desempregada em Junho e não poderei mais dividir a renda com a minha Mãe. Resta-nos assumir a situação: vamos viver num bairro social com frequentes assaltos, numa casa dos anos 70, abandonada há anos, tecto a cair, que pertence aos meus avós maternos. Para mim, isto nem é o pior. A parte má é que os meus avós são divorciados mas nunca trataram das partilhas, logo se a minha avó morre, vem o ex dela (meu avô) reclamar a casa e ficamos de novo na rua. Falo assim porque não temos nenhuma ligação com este homem, ele partiu para África quando eu tinha 2 anos, construiu outra família e não é, de todo, boa pessoa.
Não bastasse tudo isto, eu que cortei relações com o meu pai em 2010, vejo-me agora com ele em braços. Parece que sai de debaixo das pedras. Vejo-o muito e ele lembrou-se que tem filha. Mandou o meu avô levar-me um telemóvel e uma tablet ao meu local de trabalho em nome dele. Foi à escola de condução em que ando dizer que pagaria as prestações que faltam. Mandou-me mensagem para o face a dizer que gostaria de se encontrar comigo. O tipo é o demónio em pessoa. Toda a gente muda, acredito, mas no caso dele não. Nem sei que lhe diga.
As obras da casa no bairro social começaram hoje. Estamos a gastar todas as nossas economias. E para quê? Para que dentro de meia dúzia de anos venha o anormal do meu avô despejar-nos?
Tenho uma biografia do caraças mas que começa a ser cansativa. 

domingo, 20 de abril de 2014

Ah e tal dizem que é Páscoa e amor ao próximo e lá vêm os católicos todos em filinha pirilau clamar aos céus mas…

…enquanto enfardam amêndoas e vêm séries bíblicas, alguém, talvez católico, cheio de frases feitas, abandonou 7 vidas indefesas num caixote do lixo.



Espero que tenham tido uma Páscoa muito gira, cheia de comida, abrigados da chuva porque eu andei ao frio a resgatar 7 cachorros recém nascidos, com 48h, olhos fechados, molhados, a tremerem, esfomeados que algum anormal nojento abandonou num caixote do lixo.
Juntamente com mais 4 moças lá compramos leite em pó, chateamos o Vet no feriado, secamo-los, aquecemo-los, alimentamo-los à seringa e, felizmente, 4 foram logo adoptados por amigos nossos, Faltam 3 meninas.
Quem será o filho da p*** que fez isto e seguiu com o seu feriado santo, como se nada?

sábado, 19 de abril de 2014

E esta noite…


… está frio, vento, caem umas pingas mas nada me impedirá de sair. Finalmente, após semanas, meses de reclusão e solidão, juntei uns amigos e vamos até um bar com música ao vivo, conversar, cantar, rir.
Hoje vou calar o coração e distrair a mente. Não sei que vista, só consigo pensar no meu pijama polar. Mas hoje, dê por onde der, vou arranjar forma de me sentir sexy, bonita e interessante. Hoje quero sorrir e poder dizer que estou feliz.

Da Cura Reconectiva


Hoje fiz o meu terceiro e último tratamento.
Não vos vou chatear a falar desta terapêutica, para isso existe o Google, mas é uma área da espiritualidade e da cura energética muito interessante que está a despertar inúmeros estudos e experiencias na comunidade científica.
Devemos fazer 3 tratamentos no espaço máximo de 1 ano. Só devemos repetir se se justificar, se a nossa vida for abaixo, se a nossa saúde se vir afectada.
Hoje fui fazer a última sessão e cheia de vontade de partilhar com o terapeuta o rumo que a minha vida tinha tomado nos últimos tempos. Sobretudo porque, ironicamente, estou a passar por todos os problemas que tinha na altura em que iniciei este caminho e conheci o Nuno, o Terapeuta, em Fevereiro de 2013.
Nunca esquecerei. Estava a passar pelo primeiro processo de separação do João mas de forma muito intensa. Passei 3 meses numa cama a chorar, sem comer, sem tomar banho, fui despedida. E do nada, no Facebook, descobri que haveria naquele domingo de manhã, sessões de Cura Reconectiva por donativo para dar a conhecer essa área aqui no Alentejo. Sem saber o que era, decidi ir. Decidi ir apenas e somente para evitar mais um dia de lágrimas e fome, para distrair a mente.
A sessão correu muito bem mas mantive-me céptica, de pé atrás. E o Nuno disse-me que ali, onde estávamos, não era apenas uma casa, era um centro de evolução da consciência humana. Ali se faziam meditações, Reiki, Taças Tibetanas. Aliás, nessa noite haveria uma sessão de Taças. Perguntou-me se não gostaria de ir. Aceitei.
Desde esse dia nunca mais larguei a espiritualidade. Iniciei-me em Reiki dois meses depois. Tornei-me Terapeuta Multidimensional oito meses depois.
Hoje, revendo este algarvio que vem de 3 em 3 meses há minha cidade dar a conhecer a Reconecção, contei-lhe que após 7 meses de reconciliação, o João me voltou a deixar. E desta vez não fiquei na cama a chorar, nem sequer perdi o apetite, não fui despedida, tomo banho, vou ao café com amigos, fiz o meu aniversário na minha antiga cidade universitária, dedico-me afincadamente e de coração á Associação dos Animais, estou num ginásio e tenho fé, uma fé inabalável que esta dor vai passar e vou encontrar outro alguém que vou amar ainda mais.
E ele disse-me algo motivador; que apesar de eu ser muito exigente, querer que a dor passe, querer evoluir e ser alguém luminoso e desapegado, tenho de ter consciência de que já avancei muito, já venci uma batalha enorme. Diz ele que há gente que leva décadas para ascender o mesmo que eu neste ano desde que nos conhecemos. Esta mudança de atitude, de maturidade, da forma como encaro a perda e a dor são surpreendentes em alguém tão jovem que descobriu a espiritualidade há pouco mais de 1 ano. Fiquei de ego cheio!
O Nuno partilhou também comigo (obrigado pela confiança) o seu próprio percurso. Ele é ex-toxicodependente. Confesso que se nota no seu aspecto, pele e dentes. Contou-me como fez sofrer os pais, amigos, afastou toda a gente. Foi inúmeras vezes internado em casas de reabilitação e nunca resultou, porque o fazia pelos pais e nunca por si. Até que conheceu a C., a sua actual companheira e aí sim, foi por sua vontade a uma casa de reabilitação e curou-se, por amor e pelo futuro, pela fé, e já lá vão 9 anos. Tem duas filhas lindas, descobriu a espiritualidade e é das pessoas mais doces e amorosas que conheço. A sua forma de falar dá vontade de lhe apertar as bochechas.
Hoje despedi-me dele, grata por estes 3 tratamentos e por ter sido através dele que me abri a outra consciência, a outras dimensões e me tornei um ser humano melhor.
Vou sempre pensar em ti com amor, Nuno. Até qualquer dia.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Conversas #32#

Ela: Já deste as amêndoas à tua Mãe?
Eu: Que amêndoas?
Ela: Hoje é dia santo. É quinta-feira santa. Que salsichas são essas que levas aí? Hoje não podes comer carne!!
Eu: Primeiro, estás confusa, a quinta-feira santa não existe. Quanto muito, amanhã tens a sexta-feira santa e é feriado. Segundo, vou comer carne sim porque não sou católica. E terceiro, que raio têm as amêndoas a ver com a sexta-feira santa?


PS: Detesto que me impinjam religiões. Sobretudo católicos ignorantes. 

Nunca mais me enganam!


Lá fui, toda catita, experimentar a aula de Cycling. Que horror, meus filhos!
Aquela postura dá-me imensas dores nas costas, fico toda partida e torcida, após 20min parece que estou descalça, sinto o pedal em cada ossinho do pé e aquele selim, oh Deus aquele selim, é uma tortura!
Nunca mais me enganam! A partir de agora, bicicleta só 15min e em modo livre. Acabou-se a aula!

terça-feira, 15 de abril de 2014

Orgulhosa de mim

“Como é que se esquece alguém que se ama? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. 
Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. 
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. 
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.”

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'


Hoje foi um bom dia. Há meses que não sentia isto.
Voltei a sonhar com ele, a acordar terrivelmente triste e ansiosa, com vontade me fechar no quarto, debaixo das mantas mas, pela primeira vez, ignorei este estado catatónico e fui-me à vida, ás responsabilidades. Sempre que sonhava com o João ou obtinha alguma informação sobre ele, passava o dia na cama. E o emprego, perguntam vocês? Pois, eu trabalho num sitio meio isolado, somos só 5 e tapamo-nos uns aos outros. Os chefes quase nunca aparecem. Desde que o trabalho apareça feito, ninguém se preocupa. Então os meus colegas têm sido porreiros e não me delatam nas minhas inúmeras faltas nesta fase negra. Mas hoje, confessando que pensei logo em não ir trabalhar, veio-me à mente este texto do Esteves Cardoso que alguém me tinha mostrado há várias semanas atrás. Veio, do nada, como uma luz. E aceitei. Aceitei que estou mal, certamente me manterei mal por tempo indeterminado, mas a Vida é isso mesmo, ir remando para a frente e sentindo a dor, carregando-a, aninhando-a e respirando juntamente com o peso dela.
Levantei-me, doía respirar, magoava cada lembrança dele, nossa, mas vesti-me e sai. O trabalho correu bem, uma amiga visitou-me, estive 2h no ginásio e cheguei a casa leve, cansada e bem, sem vontade de pensar em ninguém, em nenhum passado. E aqui estou, às 23.49h, terminando o meu dia bem, leve e, posso dizê-lo pela primeira vez em meses, contente. “Feliz” ainda não é a minha palavra, mas será! Basta manter-me assim, grata pela Vida, aceitando esta dor, vivendo-a, respirando-a, fazendo o melhor que posso até que ela decida partir.
Que amanhã este espírito se mantenha. 

A ler


De 2009.
E lindo, lindo! Poético, cada palavra acaricia-nos a alma.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Zumba

Estou há 3 semanas no ginásio e no meio de tantas aulas e, trabalhando eu por turnos, ainda não as experimentei todas. Mas hoje fui lá fazer 1h de Zumba e adorei! Nunca tinha suado tanto na vida. Toda eu escorria água!
É muito animado, dançamos, cantamos, suamos e sentimo-nos sexys.
Quarta-feira repito!


Amanhã quero experimentar Cycling. E sexta vou finamente conhecer o Pilates.
O Fitball é giro, a aeróbica aborrece-me, não gosto. O GAP mata-me! 

Talvez tenha sido porque a Mammy ajudou mas…

… a Serradura ficou bem boa!


Caos

Não há nada pior que o caos. Dizem que é bom, que a seguir à tempestade vem a bonança, que após a chuva surge o arco-íris mas não sei… quero muito acreditar nisso mas neste momento só vejo cansaço. Cansaço por todo o lado! Cansaço de não saber o que sentir, de sentir tudo e não sentir nada. Após aquela quinta-feira terrível em que sonhei com o João e acordei angustiada, com enxaqueca e ansiedade e me arrastei todo o dia pensando nele, no amor, no passado, nas lembranças, eis que logo no dia a seguir, na sexta, ele passou por mim, acenou e sorriu e eu apenas olhei, virei a cara e continuei a andar. Que enjoo e cansaço de olhar para a cara dele. É um Amor e uma Mágoa, tudo junto, intenso.
Passei por todas as fases do fim: compras com as amigas, mudar a cor de cabelo, ir de férias, arranjar coisas novas para fazer (ginásio e corridas) e hoje até cortei o cabelo curtinho, por cima do ombro (depois mostro).
Não choro, não tenho essa tendência dramática. Também não vou para bares desforrar-me com outros homens, não nasci com essa veia de cabra. Não me meto a ver vídeos e fotos porque, felizmente, a saudade pode ser muita mas a vontade de olhar para a cara dele é nenhuma todos os dias. Mas tenho um hábito terrível: reviver e reviver, os momentos, os diálogos, os erros, a paixão, vezes e vezes sem conta, sobretudo quando vou dormir ou quando acordo e fico na cama a martirizar-me.
Sei que isto passa. Claro que passa. Mas queria que já tivesse passado. Queria sorrir só porque sim, acordar com a mente em branco, nem me lembrar do nome dele. Anseio por esse dia.
Mas o pior ainda está por vir. Estou a menos de 2 meses de ficar desempregada. Menos dinheiro, milhões de incertezas, nervosismo e muito tempo livre para pensar e desesperar. É que aconteceu tudo ao mesmo tempo! Serão tempos caóticos em que além de sentir falta de amor, sentirei falta de apoio, carinho, compreensão e uns braços fortes que me protejam e apertem.
E a bipolaridade? Ora o amo e preciso ouvir a sua voz, ora me arrepia só de pensar voltar àquela relação e todos aqueles problemas. Começo a não ter a certeza se sinto falta dele ou de ser amada.
E hoje escrevi este desabafo só porque a minha tia decidiu dizer que viu o João a jantar fora com os pais. Depois de tudo acreditem, preferia vê-lo com outra mulher, magoar-me-ia menos. Sei que pais são pais, família é família, mas caramba! Eles tentaram atropelar-me, quase perdi a casa por causa deles, fui humilhada, ofendida, ameaçada com uma faca, ele próprio dizia que a família é uma cambada de doentes psicóticos, que os odeia mas bastou que a relação terminasse para começar a sair todos os fins-de-semana com a irmã, jantar diariamente com os pais? Magoa ter aguentado um INFERNO por ele, por amor e no fim, eu sou descartada e os maluquinhos são felizes juntos e unidos, como se nada. O que mais dói é a injustiça, minha gente. Que eu aguente tudo e fique sem nada e que pessoas tão más consigam tudo o que sempre quiseram, faz-me duvidar da existência do Karma e da Lei do Retorno.

sábado, 12 de abril de 2014

Vamos lá levar isto a sério!


Iniciei o ginásio há 3 semanas mas depois veio esta maldita gripe prolongada e ao fim e ao cabo, ainda só fui 5 dias.
Mas finalmente estou melhor e já me pesei e fiz a avaliação para começar o treino. Peso 53.800kg e meço 1.63m. Tenho um óptimo peso para a minha altura, portanto o objectivo é só mesmo definir. Eliminar as gordurinhas extras, a celulite e a barriga.
Let’s go!
Quero me sentir bonita e sensual.

Um miminho de mim para mim











Nunca li Paulo Coelho mas decidi aproveitar uma promoção.
E a capa é linda!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Um dia de cada vez






Hoje foi um dia horrível.
Sonhei com ele. E acordei com um aperto enorme no peito, ansiedade a mil.
Custou-me muito sair da cama, de casa e, coincidência de merda, vi-o.
Arrastei-me todo o dia, sinto um peso enorme na cabeça, um cansaço na alma. Nem me apeteceu ir ao gym. Fui apenas com um animal da Associação ao veterinário e vim para casa.
Hoje sinto-me angustiada, vazia, cansada, sem fé.
Como combater este desgosto? Este vazio? E as lembranças?
Sinto-me no chão.
O que faço com a saudade hoje? Serradura. Vamos lá ver se não acaba como o pudim. 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Da merda do SNS

Não consigo engolir comprimidos. Afligem-me. Também não sou fã de químicos em geral. Evito-os. Logo, prefiro não ir a médicos nem hospitais. Para procurar sítios destes, tenho de estar mesmo muito mal.
Após 1 ano sem ir ao médico de família e já com vários sintomas, decidi ir hoje.
Tenho enxaquecas que me metem de cama todo o dia desde o verão (portanto, quase há 1 ano), desde Novembro que tenho ansiedade e taquicardias, por vezes até dores no peito, tenho tido há quase um mês dor na mama direita e no abdómen (ovários, talvez?), cheguei até a pensar que poderei estar grávida e ser daqueles casos raros em que se descobre tarde demais, o período se mantem, essas coisas.
Entro no gabinete, começo a dizer estas coisas todas e, tal não é o meu espanto, quando comprovo da pior maneira possível que os boatos de que os médicos estavam a ser pressionados para poupar em exames são verdade.
Segundo a minha médica, as enxaquecas são algo normal, toda a gente tem, não vale a pena fazer um TAC. Para quê? Se tiver um tumor na cabeça o exame não muda nada, ele já lá está (juro que ela me disse mesmo isto). Mas de certeza que é enxaqueca como toooooda a gente tem e eu estou a exagerar. Mandou-me meter um comprimido qualquer de nome estranho debaixo da língua quando tiver dores, comprimido esse que não me receitou nem escreveu o nome em lado nenhum. Sobre o coração estou também a exagerar, tenho 25 anos. Tenho de ter bom senso! A ansiedade… bom, isso é porque sou uma menina traumatizada com uma história de vida muito pesada e começou a dissertar e a contar à colega estagiária futura médica vários episódios da minha vida que, na opinião dela, estão a ficar recalcados no meu subconsciente e me fazem ter ansiedade e enxaquecas. Basta pensar positivo e vai desaparecer tudo. A nível ginecológico… mandou-me ir ao privado porque já me estava a alongar e as consultas são de 20min
Mas que merda de país é este?!?
Nunca fui patriota mas neste momento é oficial: ODEIO PORTUGAL.

domingo, 6 de abril de 2014

O vício dos serões


Estou viciadíssima nesta novela brasileira. Que temas tão fortes, Meu Deus! Para quem nunca viu, a novela aborda o tráfico humano, tanto na vertente de prostituição como na venda de bebes e adopções ilegais. Confesso até que ganhei um certo receio de ser tão aventureira e ir trabalhar para fora sem nem saber bem para o que vou. Sempre o fiz, nunca correu mal mas agora vejo bem os riscos. Esta novela mostra que nem todos nos entendem a mão e que podemos acordar num pesadelo.

sábado, 5 de abril de 2014

Jornada do Nino II

Esta aventura proporcionou-me novas amizades e conhecimentos.
Pude assim ver o Norte, os seus encantos, provar finalmente uma Francesinha (realmente é tão boa como dizem), constatar que o Porto mete Lisboa a um canto, conhecer a blogger S*, passear e engordar, conhecer a S., vice presidente da Associação que acolheu o Nino e que tem a minha idade e o meu ímpeto; também ela saiu de uma relação de 3 anos com os mesmos problemas que a minha e adora viajar, estamos já a planear fazer o Caminho de Santiago a pé, algo que ambas queríamos muito fazer mas não encontrávamos companhia. Obrigado Nino, só me proporcionaste coisas boas!
Foto reportagem:

Viana do Castelo, Igreja de Santa Luzia:


Jantar com a blogger S*:


Dia muito bem passado em Ponte de Lima:



Magnifico Porto, sob chuva:


Conheci ainda Vila Praia de Âncora e Caminha.
Definitivamente, amo o Norte e a sua gente.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Auto-Amor

Que se lixe o dinheiro e as dificuldades!
Hoje fui cuidar de mim.
Limpeza facial, massagem e gelinho.


PS: Parece-me que a senhora não tem grande experiencia como massagista. Vim de lá com mais nós nas costas do que quando fui.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Lembram-se de eu dizer que ia fazer um pudim de morango?

E lembram-se de eu afirmar várias, imensas, inúmeras vezes, a minha falta de talento para a culinária?
Então o pudim ficou assim:


Parecia gelatina treme treme, rachou todo e apareceu água por todo o lado! De onde veio a água?!? Este é daqueles pudins marca “Boca Doce”. É só deitar as saquetas, açúcar, leite e aquecer.
É que nem seguindo à risca as receitas me sai algo bem!
Há coisas para as quais não nascemos de todo. Esta é uma delas. Aliás, a principal. Eu nem um frango consigo assar. Juro-vos. Não é exagero.
Lá vai o pudim para o lixo.

Novamente morena

Nasci loira e, vá-se lá saber como ou porquê, a partir dos meus 2 aninhos fiquei morena, mas tão morena, cabelo completamente preto.
Todos me diziam que, como sou super branquinha de olhos claros, o loiro me ficaria bem. O certo é que nunca levei a sério a ideia de pintar o cabelo. E passar de preto para loiro, sinceramente, parece-me um choque grande demais.
Em Dezembro, o João quis-me oferecer uma mudança de visual e lá me decidi a arriscar. Chegamos ao consenso que um ruivo me ficaria bem.

E fiquei assim:


Gostei muito de me ver. Todos diziam que parecia uma diva dos anos 70/80, sensual, elegante.
Mas com todo este imbróglio, o fim da relação, a queda da minha auto-estima, comecei a notar que até gosto do meu cabelinho preto. Aliás, o Natural é que é bom. Além do ruivo me fazer lembrar que foi uma prenda e opção conjunta com o João.
Portanto, bora lá repintar o cabelo e voltar a ser morena. Que as minhas ondinhas pretas até são bem bonitas. Pesadas mas bonitas. Não acham?






quarta-feira, 2 de abril de 2014

Mais uma!

A semana passada só fui trabalhar 2 dias. E hoje já tive de faltar novamente. A gripe regressou. Mal respiro. Isto de salvar cãezinhos à chuva tem muito que se lhe diga.
E esta maldita ansiedade? Já lá vão 2 noites de insónia e muito cansaço em cima.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Sacrifícios doces

Entupi-me de Bruffen, meti-me debaixo de incontáveis mantas, suei e suei e suei e lá controlei a doença.
Acordei com febre na mesma mas minimamente bem. E lá fomos às 9.30h, enxada na mão, arrancar ervas e preparar o terreno para receber o filhote de pastor alemão. Cavamos, cavamos e choveu, choveu. Que dor de garganta! Dói-me todo o corpo.
Fomos à Associação buscar uma casota pesada como tudo, encharcada, ficamos todas sujas (eu e a moradora que salvou o pequeno grande patudo). Fomos comprar comedouros, corrente de aço não vá ele fugir do medo, uma trela, comida e seguimos para o veterinário para o trazer do internamento.
Partilho convosco as fotos, como fiz no caso do Nino, pois ego assumido, sinto-me muito bem a resgatar animais.




Sim, a tipa de azulão e pulso tatuado sou eu.
O patudo lá saiu do veterinário cheio de medo, a tremer. Quando me sentei com ele na parte de trás do carro, abracei-o. Ele encostou a cabeça no meu ombro, pôs as patas no meu tronco, respirou fundo e parou de tremer. Foi tão gratificante este momento!
Agora está em FAT numa quinta pertencente à moradora que deu o alerta desta situação. E palpita-me que já conquistou todos os corações e, talvez, fique por lá.
E aqui estou eu, suja, a cheirar a cão, molhada, com lama em todo o lado, doente mas feliz.
Era tão bom se todos os dias fossem assim!