domingo, 31 de março de 2013

Lanzinha


Não bastasse já eu não ser cristã, ainda acho pouca piada a esta coisa de se comerem borregos.
É que eu tive uma ovelha de estimação. Chamava-se Lanzinha. Eu vivia numa casa grande, tinha eu 7 anos, com um belo quintal, um cão e muitas galinhas. Nas traseiras da minha casa situava-se uma quinta. Houve uma ovelhita que teve demasiados bebés e acabou por rejeitar alguns, recusava-se a amamenta-los e a dona da quinta, como eu adorava animais, ofereceu-me uma ovelha bebé. Criamo-la a biberão, com muito mimo e com a convivência com o cão, ela próprio se assemelhou a ele, corria, farejava, quando viajávamos ela ia no carro toda enrolada aos nossos pés. Era uma verdadeira cachorra de estimação! Tão bonita. Para mim, era até o meu cavalito, montava-a e divertia-me muito, éramos amigas.
Uma Páscoa, o meu progenitor achou por bem mata-la e à minha frente. Não lidei bem com o facto de degolarem a minha amiga para ser comida por uma tradição tonta.
Desde aí que não como borrego, cabrito, familiares da Lanzinha.

7 comentários:

  1. Fogo!
    Rai´s parta os pais e as mães que nos matam os bichinhos com quem nos deixaram acamaradar...
    A minha mãe fez-me isso com uma galinha que era como um cão...

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  2. Credo! Tu desculpa mas que raio de ideia teve o teu pai... Não via que a ovelha já era animal de estimação? (E mesmo assim podia-te ter poupado ao espectáculo de veres)

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  3. Sedas: ele nunca foi muito preocupado com os sentimentos dos filhos...

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  4. aconteceu--me o mesmo, a minha chama-se Estrelinha....

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  5. Oh, deve ter sido uma amizade tão bonita... tenho mesmo muita muita pena que tenhas perdido a tua amiga.

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  6. Eve: Oh que bom! Nunca tinha conhecido ninguém com uma ovelhinha de estimação além de mim!

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