terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013



Foi um ano que se iniciou da forma mais dolorosa que podia. Sem esperança, no fundo do poço e já sem me reconhecer. Desempregada, de coração partido, ódio e caos na mente. Acordava a chorar, comia a chorar (quando comia), tomava banho a chorar (quando tomava banho). Mas em Fevereiro surgiu a mudança. De um pequeno passo surgiu toda uma descoberta. De uma manhã em que decidi ir experimentar uma tal de Cura Reconectiva, só mesmo para evitar mais um dia trancada na escuridão do quarto a chorar, renasceu a velha Raven. Aliás, a velha, nova e melhorada, Raven.
Reaproximei-me dos amigos, dos cafés, da vida social, das gargalhadas e do bem estar.
Em Março surgiu o Eros, gato único de feitio difícil que me ensinou o que é o Amor Incondicional. Surgiu o emprego. A segunda tatuagem. A inscrição oficial para ir tirar a carta de condução.
Em Abril surgiu o Reiki, o salvador. Esta descoberta tirou-me totalmente da apatia e do rancor em que encontrava. Aconteceu assim, naturalmente, o Curso, a minha transformação em Terapeuta.
Maio, mês das festas, dos ânimos, dos risos e dos reencontros. O regresso a Mérida, ao congresso, àquele espírito incomparavelmente aconchegante. O concerto do David Fonseca com o blogger e amigo Gonçalo Cardoso
Seguiu-se um verão bom, com desafios profissionais numa nova área e muitas viagens pautadas pelo reencontro com o M., amigo muito querido que não via há 4 anos. Assim se sucederam Benidorm, Villa Joyosa, La Cala, Dénia, Finestrat, Alicante, Murcia, Elche, Altea, Calpe, Guadalest.
Setembro, mês difícil, com muitas lágrimas e desilusões. O entendimento de que as pessoas não são como as imaginamos e que também não temos o direito de as imaginar. Há que aceitar que algumas pessoas são exemplos, lições, e não tesouros a manter. Por insistência e persistência minhas, a Mammy arranjou emprego.
Outubro, mais mudanças no trabalho. Um novo curso: Terapia Multidimensional. Mais um avanço no caminho espiritual. Mês também dos animais e da minha integração na Direcção da Associação Animal da Cidade. Cargo que muito me dignifica, que agradeço todos os dias ao Universo e que me tem tornado melhor pessoa.
Novembro, aniversários de tantos amigos e do namorado. Uma maior aposta na Meditação. O meu primeiro resgate de um animal, o gato Nino, tão violentado, em estado tão moribundo, que me ensinou que afinal sou mais esforçada e consigo ir mais longe e fazer mais sacrifícios do que alguma vez pensei (obrigado pelas cicatrizes nos braços, Nino).
Dezembro, o fim. E o caos. Não tem sido um mês fácil. Tanto conflito, tanta inquietação na mente, desequilíbrio no coração, dúvidas no trato da família, revolta a ressurgir. Sinto que tudo o que conquistei nestes meses me está a escapar e estou a regressar ao buraco onde me encontrava em Janeiro.

2014… dá-me forças para não cair de novo, para não me perder, para ter pureza no coração quando o passado me procurar, ter calma na mente quando a raiva me assolar. Dá-me Amor. Dá-me orientação nesta busca espiritual que se tem mostrado tão confusa. Dá-me clareza no pensamento e nas atitudes e não me deixes ser injusta e ferir inocentes. Dá-me sinais, dá-me sorrisos, dá muita saúde ao Eros.

Sou grata à Vida pela Vida.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Há coisas fantásticas…



Tenho um pedido de amizade do meu pai no Facebook.
Não nos falamos há 3 anos mas podemos enviar pedidos de FarmVille, certo? Pois, é capaz de ser esse o pensamento dele…

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

É só isto


Ho Ho Ho



Como não sou Católica, não vou estar aqui a falar do Menino Jesus nem dos Reis Magos. Vou antes pedir-vos que utilizem esta época que afirmam ser de compaixão e amor ao próximo para fazer algo por alguém, um gesto altruísta, algo que faça jus à vossa fé e orgulhe o vosso Deus.
Por exemplo, eu passei este fim-de-semana a construir abrigos para animais abandonados. Daí a minha ausência no blog. Como sabem, faço parte da Associação Animal cá da Cidade e recentemente tivemos um problema, o terreno onde estávamos estabelecidos foi vendido e os animais ficaram sem rumo. Voltarem para a rua está obviamente fora de questão, logo restou-nos a boa vontade da Presidente que cedeu o espaço privado da sua quinta e dum fundador da Associação que pagou a carpinteiros e soldadores para construírem o espaço das futuras casas dos patudos. No entanto, eram necessários voluntários para arranjar madeiras e limpa-las, tirar pregos e arames, martelar isto, carregar aquilo, serrar o outro…
Foi um fim-de-semana cansativo, doem-me todos os pedacinhos do corpo, tenho algumas nódoas negras mas foi, sem dúvida, gratificante. Agora sei que neste Inverno e, apesar das adversidades, os animais terão um tecto e cobertores secos para se abrigarem.
Para quem não acha piada a animais ou não tem oportunidade de fazer algo por eles, tentem levar bens alimentares a alguém que necessite, levem uma criança de uma casa de acolhimento a passar o Natal convosco, sei lá, tanta coisa que podem fazer. O importante é não se centrarem nos vossos doces e na vossa ceia e depois andarem a falar do Menino Jesus, do amor e da compaixão.
Deixo-vos algumas fotos do trabalho feito nestes dias.

 Todas as madeiras


Plásticos para servirem de cobertura nos “telhados”
 
Eu (à direita) e a L. a pregar e martelar



Eu e a Presidenta
 
O namorado (à direita de serrote na mão) também foi convocado/obrigado a ajudar