Obrigado a todos pelos
conselhos. Mas disseram-me o que já calculava. Esquece-se um coração partido
dedicando-nos a nós mesmos, arranjando hobbies, saindo com amigos, tudo muito
certo, não vos tiro a razão. Mas no meu caso é TUDO meramente impossível.
Os meus amigos estão
todos dispersos, uns ainda andam pela Universidade, outros foram para Lisboa
tentar a sorte em part-times, outros emigraram, a minha melhor amiga é
enfermeira, anda sempre atarefada com turnos e fins-de-semana.
Hobbies… pois, os que
tenho são ler e escrever, ou seja, algo que me obriga a estar comigo mesma, a
reflectir, tudo coisas péssimas para quem sofre de amor.
Além disso tenho um
emprego com um horário de merda, das 13.30h às 22.30h que me obriga a passar
todas essas horas comigo mesma, sempre a matutar no mesmo assunto, sempre a
sentir-me só.
Chego a parar de bater
portas apenas para me sentar numa qualquer soleira e chorar.
O único amigo que tenho
por perto é o Calvin, já vos falei dele, gay, carente, inconstante, adora
festas. E sinceramente, sou muito caseira e tenho pouca paciência para
discotecas barulhentas. Portanto, alguém que queira passear e conversar, não
tenho.
Já pensei num ginásio
mas… hoje é o último dia de emprego da Mamy (belo início de ano) e eu serei
despedida dentro de duas semanas, portanto, despesas são impensáveis de
momento.
Resumindo: estou no
fundo do poço!