quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A brincar, a brincar… ( II )

Sem o conhecer e sabendo da troca de palavras tontas entre os nossos pais, entrei pelo café adentro, estendi a mão e disse: “Psst! Decora bem! Vê bem o tamanho do meu finíssimo e elegante dedo anelar. Estás a ver?”.
Ele olhou-me, confuso.
Mantive a minha postura: “Sim, porque se o teu pai te quer oferecer a mim, eu preciso de uma garantia! Quero um anel de diamante! E dos bons!”.
Ele percebeu e riu até lhe doerem as maçãs do rosto.
Deve-me ter achado louca e com uma grande lata.
E foi assim a semana toda; eu pedia o anel, ele pedia para ver o dedo e decorar o tamanho.
Dei-lhe um prazo. Em uma semana seria o meu aniversário. Em uma semana faria 22 anos. Em uma semana levaria os meus amigos e família àquele café, como meus convidados. Em uma semana queria ter o meu diamante.

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