quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Apresentações

Ontem a minha mãe convidou-me a mim, a uma irmã e respectiva filha para irmos tomar café e conhecer o pretendente dela.
Correu bem mas confesso que não caí de amores pelo homem.
É reservado, de poucas conversas. Não me transmitiu grande coisa.
Aliás, admito que não gostei muito dele. Mas o meu feeling vale o que vale, não sou daquelas pessoas boas a avaliar os outros por isso, não me preocupo.
Ele disse à minha mãe que estava muito nervoso e que estava mais calado devido à minha presença porque quer muito que eu o aprove.
Espero que a minha opinião mude. E espero mesmo que ele esteja com boas e sérias intenções e faça a minha mãe feliz.
Ou isso ou terei de o castrar à pedrada.

Papéis invertidos II

Eu quero ver a novela “Morde e Assopra”, que dá na SIC.
A minha mãe está a discutir comigo porque não a deixo ver os “Morangos Com Açúcar”.
Isto anda bonito, anda.

Papéis invertidos

Aaaaaaiiiiiiii!! Cof Cof Cof! Não me comprem o ovo de chocolate que eu não chego à Pascoa! Ai estou tão mal!”.
É o discurso da minha mãe todos os dias enquanto anda a fazer as tarefas domésticas. Depois atira a sua gripe para cima do sofá e ali se mantém, a tossir, com os olhos lacrimejantes.
No entanto, em sendo 21h, vejo-a a maquilhar-se, a pôr perfume.
Anteontem disse-lhe “olha lá, então se estás assim tão mal vais sair? Não deverias ficar em casa para curares a constipação?”.
Ela olha-me toda raivosa e diz “Eu vou sair porque eu quero e eu é que sei! Então mas agora já pensas que mandas em mim? A mãe sou eu! Vou sair porque quero e me faz bem e eu é que mando! Andas muito embirrante! Bla bla bla”.
Apenas respondi “Desculpa, minha filha adolescente. Prometo não me preocupar mais contigo nem interromper o teu namoro!”.
É oficial: a minha mãe tem 15 anos! Está insuportável, anda sempre agarrada ao telemóvel, conversa com o pretendente deitada na cama de barriga para baixo e a abanar as perninhas…

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Já 1 ano?!?


Faz hoje 1 ano que tudo começou, que me convidaste para sair, que me apresentaste o teu melhor amigo, que me fizeste beber tanto que fiquei zonza, que dançámos até de manhã, que me beijaste, que me levaste a casa sem tentares nada mais.
Faz hoje 1 ano que começou a nossa relação, a nossa batalha diária, esta guerra de amor.
Mudei muito desde que estou contigo. Somos completamente antagónicos, o que leva a duas situações: brigamos muitíssimo, estamos sempre em conflito, é complicado conciliar os nossos mundos mas não obstante, ensinas-me muito; para alguém como eu, tão individualista, por vezes egoísta, tão liberal e despegada, é bom ter alguém familiar, com valores de união, carinhoso, que puxa, que quer sempre aconchego.
Eu ensino-te a valorizares-te mais (já consegui que lesses um livro!) e tu ensinas-me a ter valores mais bondosos.
Eu dou-te cultura, tu dás-me carinho.
Eu ensino-te o Mundo, tu ensinas-me a Vida.
Justamente por isso e depois de falarmos, acho que devemos tentar novamente.
Construímos tanto, investimos tanto. Como tu dizes sempre, o Amor é uma empresa, precisa de capital, de investimento e de muito trabalho para não falir.
Vamos tentar mais uma vez.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sempre é verdade que a idade dá charme

Digo-vos que são 5h da manhã em ponto. Cheguei agora a casa.
Depois das surpresas dos meus amigos, fomos tomar café e, como a malta anda tesa, apenas eu e a Samanta fomos sair à noite.
Minha gente, juro-vos que nunca na vida tinha tido tanto gajo a fazer-se a mim!!! A minha alminha está parva até agora!
Eu não sou nada de especial… ok, sou magra de mamas grandes (dupla de fogo para um homem). Mas de resto, não me acho minimamente gira! E nem vaidosa sou! Nunca fui de me aperaltar… saiu á noite com roupa do dia a dia e só pinto os olhos. Não tenho paciência para mais.
Então que se passou com os homens hoje??
Mas ainda assim, não ganhei para o susto! Houve um que se esticou mais do que os outros.
Andavam todos a meter conversa, a pôr a mãe da cintura, cheios de sorrisinhos. E eu sem dar grande espaço a nenhum. Até que houve um que se sentou na minha mesa porque, por azar, é muito amigo da Samanta. Esse foi directo. Disse que quando olha para uma mulher e a quer tem de a ter, que me queria, que não iria desistir toda a noite. Expliquei-lhe que namorava, inclusive ele conhece bastante bem o João. Pediu desculpas, disse que não se fazia à mulher de um companheiro de copos.
Qual quê? Passados 5min já estava a investir novamente. Foi assim que a Samanta lhe disse que eu e o João andávamos chateados e não estávamos juntos.
Foi demasiado directo! Disse que me levava para a cama e que fazia e acontecia. Jurou que seria muito melhor do que o João. E por aí foi a conversa, como podem ver, sempre a descer de nível…
Ao irmos embora, ele pede boleia à Samanta. Lá tive de levar com o gajo no carro. E então não é que, na hora de sair e ir para a casinha dele, se estica todo para o meu lugar (eu ia à frente), agarra-me a cara e o pescoço e tenta beijar-me à força?? Magoou-me mesmo! Ainda me dói! Vá lá que fui rápida, tapei logo a boca e empurrei-o e a Samanta ajudou-me.
Então mas pensa o quê??? Que eu disse que tinha namorado só para fingir que era uma mulher séria? Acha que sou daquelas cabras que se fingem difíceis só para fazer charme mas no fundo gostam de ser atiradas contra a parede?
Apanhei um susto! O tipo tinha os dedos cravados no meu pescoço, parecia um predador. Fiquei em choque.
Diz a Samanta que ele é assim quando está bêbedo e que amanhã não se lembrará de nada. Pois, e? Para mim dá-me igual, quem não sabe beber, beba água!
Cabrão de merda!

23



E pronto, já cá canta mais um aninho.
Eu odeio fazer anos. Deprime-me o avançar da idade.
Tive um início de dia calmo, com algumas chatices, mas menos falsidades que o ano anterior (já menos família do Papi se lembrou de mim; aliás, nem o Papi).
O João queria dar-me uma prenda. Mas eu não me sentia bem em aceitar e recusei. Ele, furioso, disse-me que ia dar a prenda à mãe. Passei-me!!! Parti do pressuposto que se já ia dar a prenda a outra pessoa é porque estava a abrir mão de mim definitivamente. Tivemos uma briga daquelas! E logo no meu aniversário... Vai daí o homem passa-se e vem-me apanhar de carro, leva-me a casa dele, entrega-me um saquinho todo bonito e diz “Abre! Não dei nada a tua prenda! Queria era chatear-te! Irritou-me não a quereres aceitar tendo em conta que me levantei bem cedo esta manhã para ir de propósito à Ourivesaria comprá-la!”.
Quando vi, era um colar de prata com um brilhante. Trazia um cartão que dizia “Um brilhante para combinar com o brilho dos teus olhos”.
Ainda assim não o quis.
Mais tarde, a minha melhor amiga brigou comigo e disse-me “Não sejas parva! Vocês podem estar mal, podem estar com muitas dificuldades, mas que relação não as tem? E qual é o homem que estando a levar com os pés há 2 semanas, ainda te vai comprar uma jóia?”.
True… fiquei a pensar…

Mas avançando para a parte boa: os meus amigos fizeram-me mesmo uma bela surpresa!
Não sou de fazer jantares, combinei apenas um café às 21.30h.
Passou a hora marcada. 21.40h… 21.50h… 22h… 22.10h…
Eu odeio esperar!!! Ainda por cima, ninguém me respondia às sms e rejeitavam-me as chamadas.
Quando eu já estava a desesperar, liga-me um deles e diz-me para espreitar na varanda. Chego à varanda e tenho os meus amigos mais chegados a cantarem-me os parabéns no meio da rua, com um bolo de aniversário.
Fiquei sem palavras…
Quando olho para trás, já vinha a minha mãe com pratos e copos. Já sabia de tudo, era o que era!
Além do bolo, que era da Hello Kitty, trouxeram-me uma garrafa de Champanhe e, como era bebé, um babete e uma chupeta. Gente doida, esta!
E pronto, rimos muito, tenho amigos fantásticos e amo-os.
Não foi um dia tão mau como pensava.
Só desejo que nos mantenhamos sempre assim, com uma amizade à base de super cola!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Uuhuuuu



E quem é que me vai levar hoje a comemorar o meu aniversário 1h mais cedo?
O Calvin!
Pois é, o meu grande amigo gay, sabendo que eu sou fã da comunidade gay, e sabendo que em Espanha é 1h a mais, vai-me levar as 23h (meia-noite em Espanha) a um bar gay no país de nuestros hermanos para dançar, me divertir e comemorar.
Nós os 2 e o seu actual fuck friend.
A noite promete… é que eu num bar gay estou em casa e saiu sempre de lá com resmas de amigos!!! Eheheheh
Da última vez, até houve um que me chamou “irmã” e disse que eu era divertidíssima!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O que andam a preparar, meninas?



E anda um secretismo tão irritante no ar!
Já percebi que me andam a preparar alguma surpresa para o meu aniversário. Eu até gosto de surpresas mas detesto ter de assistir a segredinhos e piscar de olhos enquanto me mantenho na ignorância à espera.

Conversas #11#

João: Tenho uma prenda para te dar no sábado. Aceitas almoçar comigo e dou-ta?
Eu: Não.
João: Mas porquê?
Eu: Porque é o meu aniversário e não me apetece passar umas horas num almoço com mau clima.
João: Assim torna-se complicado. Como te posso reconquistar se não me deixas chegar perto? Por telepatia não consigo. Vá lá, almoça comigo.
Eu: Não.
João: Tu é que sabes… não te quero chatear no teu aniversário. Então sábado vou ter a tua casa para te dar a prenda. Ao menos aceitas a prenda?
Eu: Não sei o que é… mas está bem, aceito. Depois logo vejo consoante o que seja.
João: E vais sair à noite?
Eu: Óbvio.
João: E nem me convidas…
Eu: Não.

Ps: bolas, que é difícil bancar a má!

O meu lema de vida

Lembram-se das tais fotos eróticas que eu ia tirar? Continuo à espera de conseguir conciliar a minha agenda com a da fotógrafa… bah!

Sinto tanta falta…



Do cheiro, da protecção, do aconchego, do amor, dos lábios, da respiração, da barba e, sobretudo, da pele.
E acima de tudo, de estar deitada encaixada em ti.

Nham…



Adoro esta combinação!
O que eu adoro churros e farturas… e molhadinhos em chocolate quente… hum…

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

É já este sábado!


Pois é, lá vem aquele dia que eu não gosto nada e cheio de falsidades…
No próximo sábado é o meu aniversário. 23 anos… Bolas, que o tempo passa a correr!! Quero os meus 17 de volta!
Não gosto de fazer anos! Lido muito mal com o passar do tempo. Começo a imaginar-me velhinha, enrugada, limitada.
Não faço jantar de aniversário desde os 18. Vejam bem o pouco que eu gosto de estar rodeada de gente a dar-me os parabéns.
E depois há a questão dos telefonemas… a família paterna que nunca se lembra que eu existo, decide mandar sms nesse dia mas sempre com algum recadinho irónico.
No ano passado um dos irmãos do meu progenitor mandou a seguinte mensagem “Parabéns! Espero que tenhas um dia recheado de misericórdia e perdão. Porque não é por um Pai não nos dar coisas que lhe deixamos de falar”. Oi??? Só respondi “Sim, é mesmo isso. Aliás, eu sou tão interesseira que tu até já me viste no tribunal a pedir a pensão de alimentos que o teu maninho é obrigado a dar-me, não é??”. Calou-se logo. Haja gente idiota, credo!
E no ano passado, no meu aniversário, foi quando me envolvi com o João… já lá vai 1 ano. Bolas! Agora lembrei-me que parecendo que não estive 1 ano da minha vida com este homem e já estamos há 2 semanas em stand bye. Que merda! Não posso arrastar isto muito mais tempo. Ou tentamos novamente ou acaba-se esta palhaçada. Mas vou fazer 23 anos e não quero continuar a arrastar isto.

Faxavori de irem lá!

O Gonçalo, dono deste palácio, está a organizar um jantar de Primavera no Gerês e as inscrições estão abertas a toda a blogosfera.
Para quem não conhece (se é que é possível), este jovem costuma organizar encontros de bloggers com muita diversão à mistura (dizem as fontes porque eu infelizmente ainda nunca pude ir).
Passem lá no blog dele e informem-se. Não se arrependerão. Dou-vos a minha palavra porque já tive o prazer de conhecer este Gentleman pessoalmente.
Acho horrível e de uma tremenda falta de carácter quando alguém nos faz acreditar numa mudança, algo que pode modificar bastante um factor da nossa vida e depois… desilusão!
Se não têm intenção de ajudar nem mudar, não façam falsas promessas!

Acabou o Carnaval…


… mas deixo-vos aqui uma foto minha.
Eu bem disse que este ano os fatos vêm muuuuuito reduzidos!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Olha o Carnavaaaaaaaau, gentxi!!!

E pronto, já não tenho dores!
Sinto-me bem, continuo cheias de areias, não consigo beber água nem à porrada mas… que é que isso interessa??? É Carnaval!
E a porcaria da cólica renal já me lixou o fim-de-semana. Não me vai lixar mais nada. Vou esta tarde comprar uma máscara para arrasar numa saidinha logo à noite!
E amanhã à tarde vou desfilar no corso aqui da minha cidade.
Vou-me vingar dos dias que passei em clausura.
Agora só falta decidir que fato comprar… é que este ano não sei que se passa que os fabricantes pouparam no tecido. E muito!

Conversas #10#

(quarta-feira à noite, dia 15)


Ela: Então, sábado sempre vamos sair?
Eu: Não, querida. Estou com cólica renal, passei a tarde nas urgências. Telefona às outras e combina com elas. Mas olha que elas se vão mascarar.
Ela: Hum? Ah vão para a folia? Mas eu estava a pensar numa coisa mais calma, tipo irmos a um cafezito falar.
Eu: Pois, mas agora estou em casa de cama.
Ela: Ah mas não tens tempo nem para um café??
Eu: Como te disse, não é uma questão de tempo, estou de cama com uma cólica renal.
Ela: Toma um Bruffen que isso passa!
Eu: Filha, hello?? Achas que uma cólica renal que me pôs 2h a soro nas urgências passa com Bruffen??
Ela: Oh então vê se te pões boa! É que as minhas férias acabam quarta-feira e ainda não sai de casa!

Ps: há pessoas que não sabem ser amigas, o seu enorme egoísmo não permite! E até agora nem uma sms a perguntar se estou melhor… mas ontem soube-me mandar uma mensagenzita a avisar que afinal ia prolongar as férias e tinha mais tempo para sair e se divertir… Definitivamente, há amigos e há aqueles conhecidos que se colam a ti porque o seu espírito triste espanta qualquer um.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Ao fofinho dos Passos Coelho:

Vá láááááááááááááááááá!!!
Vá lá!
Vá lá!
Vá lá!
Vá lá!
Vá lá!
Vá lá!
Vá lá!
Não sejas assim, Coelhone!!
Ok, eu admito que para grandes males, grandes remédios. Está certo que temos de fazer muitos sacrifícios para endireitarmos esta porcaria toda. É ainda mais certo que já desapareceram 4 feriados mas… o Carnaval???
Disseste na TV que se o Estado abre mão do 5 de Outubro, o povo tem de entender que melhor se evapore o Carnaval. Não é bem assim, filhote. Não andas a visualizar bem a questão.
Se queres falar da importância de ambos os feriados para a Nação, tens total razão. O 5 de Outubro tem um significado ligado à identidade do nosso país e é, de longe, mais nobre. Mas em altura de crise, o Carnaval ganha outro estatuto. É mais que sabido que o povo sente necessidade de se alienar em tempos de dificuldade. Veja-se que foi na época de Salazar que apareceram os grandes clubes, essa paixão futebolística que dura até hoje.
Como tal Coelhinho, parece-me desumano tirares o único dia de festejo e alegria nacionais justamente nestes tempos escuros. A malta precisa de folia, de pôr uma máscara e esquecer-se por momentos que é o Zé Silva, o carpinteiro desempregado há 5 anos.
Carnaval também é cultura, existem carros com mensagens actuais e o desfile é nas ruas, logo é gratuito. É acesso ao divertimento e à cultura de forma simples e directamente para o povo.
Passar os dias em casa a deprimir, a contar os trocos para o café, a verificar se tem como dar de comida aos filhos, isso já o povo faz todos os dias. E vejam-se os índices de depressão em Portugal.
Portanto, Pedrocas, alivia a cena, curte o som, a malta de Torres Vedras até te tentou oferecer um busto bem fixe. Sê brando e deixa o povo viver.

É mais difícil do que possam pensar!

Já estou muito melhor da cólica renal.
Desde ontem que não tenho dores mas as putas das areias continuam a viver em mim sem pagar renda.
Como as despejo? Bebendo uns 2 litros de água ao dia.
Desde quarta-feira que me ando a esforçar. Muito mesmo! É um esforço astronómico!
Resultado: já consigo beber meio litro de água por dia.
O que foi? É pouco?

Oh God… prevejo sérios conflitos entre mim e os meus rins…

Problemas de imagem



Há duas semanas, nas compras, andava entretida numa loja a ver blusas, contorno uma divisão, esbarro com uma mulher de cabelos negros, assusto-me e peço desculpa.
E se vos disser que me assustei comigo mesma porque esbarrei num espelho?
E o pior é que acontecem-me destas frequentemente.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Depois da história que vos contei sobre a Mammy…

… e analisando-me, qual psicóloga, entendo que esta minha educação num ambiente infernal, a enfrentar diariamente a agressividade de um homem, me tornou assim, fria, forte, por vezes insensível e inflexível e, acima de tudo, extremamente exigente com os homens.
Acho que muitas vezes exijo que o João seja o super-homem. Não lhe permito ser um tipo normal que me ama mas comete erros.
Estou sempre, ainda que inconscientemente, a tentar arranjar comparações com o meu progenitor. Exijo, exijo, exijo! Tudo por medo de cair nas mãos de um homem assim! E torno-me controladora.
Damn you, father!

Mammy and Valentine’s Day

A minha mãe não teve uma vida fácil.
No meio de tudo, acabou por perder a juventude.
Resumindo: teve o azar de se apaixonar por um tipo que namorava com umas poucas ao mesmo tempo e que, aproveitando a ingenuidade dela, a convenceu a perder a virgindade com ele. Com a enorme sorte que tem, pimba! À primeira cavadela, minhoca! Ficou logo grávida.
A mãe expulsou-a de casa e, mais tarde, ao perdoá-la, exigiu o casório.
O namorado, contrariado, lá deu o nó.
Em Janeiro de 1989, a minha mãe fez 19 anos e em Fevereiro nasci eu.
Isto de não ser desejada pelo Pai tem muito que se lhe diga… O meu pai era agressivo, não no sentido de violento. Nunca bateu na minha mãe mas fazia outro tipo de jogo igualmente duro. Adorava violência psicológica. Passava os dias a mandá-la abaixo, a dizer-lhe que ela era feia, que não fazia nada bem, que era gorda, desinteressante. Tanto disse que a mulher se convenceu disso até hoje!
Passados 2 anos de casamento, surgiu uma nova gravidez. Como na época não existia a tecnologia que há hoje, ninguém detectou que o bebé trazia uma deficiência.
Em 1991 lá nasceu o meu irmão com Trissomia 21.
A partir daqui tudo piorou. Se o meu pai já tinha uma filha saudável mas indesejada, imaginem uma criança deficiente, cheia de complicações e despesas?
O meu pai nunca aceitou o meu irmão, acho até que tinha uma certa vergonha.
Com esta família indesejada, as brigas e agressividade eram cada vez maiores.
Cresci neste ambiente horrendo sonhando todos os dias que os meus pais se divorciassem e que a minha mãe pudesse ser feliz.
Depois de 18 anos deste inferno, o meu pai lá se enrabichou pela amante brasileira dele e saiu de casa. Nem queria acreditar que finalmente seriamos livres!
Em 2010 o meu irmão morreu. Ele era o mundo da minha mãe. Ela perdeu assim 80% dela. Nunca tinha trabalhado, nada, apenas se dedicava ao filho.
Começou uma vida nova. Aprendeu a ter uma conta bancária, a trabalhar, a gerir a sua vida.
Mas continuava com um sonho: encontrar o Amor.
Há 2 anos surgiu um pretendente. Simpático, animado mas… casado! Há gente muito porca!
O ano passado surgiu outro pretendente. Bem vestido, conduzia um Jaguar, transpirava dinheiro. Viemos a descobrir uns meses depois que era dono de uma casa de prostituição.
Como vêm a minha mãe parece destinada a atrair montes de merda.
 

No dia dos Namorados começo a vê-la muito agarrada ao telemóvel, a receber montes de sms. Estranhei.
A meio da noite vem-me dizer que vai beber café e começa-se a rir, toda vermelha. Mau Maria! Enchi-a de perguntas!! Lá me confessou. O técnico que repara os elevadores aqui do prédio passou há uns meses por um processo de divórcio e costumava desabafar com a minha mãe. E como também tem uma filha, parece que se identificaram. Vai na volta o tipo deu o número à minha mãe para o caso de algum dia ela precisar de algo. Mas a minha mãe como parou na adolescência, já nem sabe engatar nem percebe quando uma pessoa está interessada nela, não fez nada com o número. Aí há umas 3 semanas parece que o rapaz insistiu com ela e deu-lhe novamente o número. Só aí se fez luz na cabecinha dela!
E no dia nos Namorados lá decidiram ir beber café os 2 sozinhos.
Nunca a vi assim, a arranjar-se, a pôr-se cheirosa, a maquilhar-se, a querer ser mulher, a querer agradar. Gostei de ver.
Agora passa os dias as sms e à noite ouço-a no quarto ao telemóvel com voz melosa, toda querida. É estranho. Gozo tanto com ela!! Eheh
Mas é bom. Só espero que este seja de confiança e que ela pare de ser enganada. É que este até telefonava para saber como eu estava nos primeiros dias de cólica renal e quer levar a minha mãe a almoçar fora, quer levá-la à terra dele, diz que sempre teve uma queda por gordinhas… Estou para ver!

Estarei a ver pelo prisma errado?

O João disse-me hoje algo deste género:


Não foi tão bonito e metafórico mas percebem a ideia, certo?
Basicamente, ele acha que eu sou uma eterna miúda que não tento compreender o lado dele, o lado de homem de 30 anos com outra postura.
Isto fez-me pensar já que é exactamente disso que eu também o acuso, de não respeitar o meu espaço jovem, liberal e com necessidades a anos-luz das dele.
Ambos usamos as mesmas palavras: falta de respeito.
Para mim a conclusão é óbvia! Queremos o mesmo mas em quantidades e situações diferentes. E lá venho comprovar que eu tenho razão, a chave de todo o problema é a idade! Mas será que há algo que se possa fazer? Porque o João não pode regredir, não pode andar a fazer coisas de 20 anos que já fez e já deixaram de fazer sentido para ele. Tal como eu não posso saltar etapas próprias na minha idade e comportar-me como se fosse mais velha, porque não sou.
Ora bolas! Em que ficamos?
Aceitam-se urgentemente conselhos.

Ps: e não me venham com o conselho do “conversem e encontrem um meio-termo”. É que isso já nós tentámos uma dezena de vezes e surge sempre algo que nos demonstra que não conseguimos.
Há quem coma Mentoliptus.
A minha mãe come Mentolintos.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Desarmas-me

E depois de uma enorme discussão telefónica em que eu fiquei arrogante e ele exaltado e stressamos e desligamos furiosos, eis que eu me acalmo e mando uma simples sms.
Ainda queres reatar?? Vais me dizer que ainda acreditas em nós?? Como, depois desta tempestade? Como, se só nos sabemos pegar e entrar em confronto?”.
Resposta: “Porque te amo”.

E depois ainda querem que eu respeite a Igreja…

“A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos. […] O trabalho da mulher a tempo completo, creio que não é útil ao país”
D. Manuel Monteiro de Castro


Tirei este trecho daqui.
Basicamente este senhor é Cardeal e a partir de amanhã será candidato a Papa. Se conseguir o cargo, já dá para perceber as ideias de génio de defenderá, né?
E pronto, este senhor deslindou a nossa função no mundo! Afinal se nascemos com útero, para quê perdermos tempo a trabalhar, se este senhor gentilmente já nos está a informar da nossa única e ESSENCIAL função?
Há certas sms que ao serem enviadas deveriam levar incluído o tom de voz com que mentalmente foram escritas…
Ajudariam muita gente a perceber muita coisa nas entre-linhas.

Vânia Flor


Acho genial que logo no Carnaval do Rio de Janeiro, que é considerado la creme de la creme, cheio de mulheres “trabalhadas”, magras, siliconadas, surja agora um gordinha com muito mais talento que todas as magras juntas.
Vânia tem 104kg e mexe-se com uma leveza inacreditável. A minha alma ficou parva ao ver aquele sorrisão, aquela paixão, a alegria, o ritmo. Meu Deus! Que mulher furacão!
Aqui está a prova de que o mérito ainda pode prevalecer.

Moche

Por mais que a Candy diga que parece uma vaca, eu continuo a achar que a nova voz do Moche é sexy.
Aquele tipo anterior que berrava nos nossos ouvidos era um horror! Até tinha de afastar o auricular.
Mas agora este novo tipo tem um timbre bem sensual.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Deve ser da idade…



Ok, admito. Desde que fiquei doente, logo no dia a seguir de ter acabado comigo, que o João se tem preocupado imenso, liga-me várias vezes para saber como me sinto e hoje, como fiquei sem água e eu detesto o sabor da água da torneira, ele veio trazer-me 4 garrafões aqui a casa.
Foi querido.
Esta noite pediu para falar comigo. Como estava sozinha em casa, aceitei.
Disse-me que estava inseguro sim, que já foi traído 3 vezes no passado, (re)contou aquela história sobre a mulher que mais amou e com quem esteve 3 anos ter acabado com ele de repente e no mês a seguir ter casado, falou da diferença de idades, de objectivos, de postura. Admitiu que sendo pessoas tão contrarias é mais do que normal termos muitos confrontos de carácter e estarmos constantemente a fazer coisas que magoam ou incomodam o outro. Porque vamos lá a ver, eu sou uma miúda! Sei que sim. Até gosto! Tenho 22 aninhos, estou a viver o primeiro amor, tudo é novo, sou jovem, independente, sonho em viajar, conhecer o mundo, ser rastafari, fazer voluntariado em África, tenho toda uma vida pela frente. O João tem 30 anos, casa, é empresário, é um moço do tipo familiar, sonha com casar e ter filhos, ter uma vidinha estável, já tem um passado que o marcou, onde sofreu algumas desilusões. Ora claramente não é fácil conjugar estes dois mundos!
Há coisas que eu tenho de fazer porque sim, porque faz parte, porque estou na idade. E há coisas que o João tem de fazer porque já evoluiu, porque tem mais anos de vida, mais experiencia.
Resumindo: os opostos atraem-se sim, mas não duram. Estou convencida.
O João pediu-me o que eu já calculava que pediria. Quer reatar, quer tentar, porque apesar de tudo me ama.
Olha a merda!!! Acaba comigo na véspera do dia dos namorados, passo o dia deprimida a ver tipos com ramos de flores, raparigas com peluches debaixo do braço, corações em todas as montras e passados 3 míseros dias quer voltar a tentar??
Pediu imensas desculpas. Falou da pilha de nervos com que anda, já que a empresa dele faliu. A crise chega a todos. Amanhã é o último dia da empresa, depois fica em casa sem saber o que fazer. Anda triste, desorientado, irritado. Tive pena mas fui directa. Não tenho sentido a falta dele, não me está a custar grande coisa a separação. Sinto-me confusa. Não sei se estou assim porque só passaram 3 dias e ainda estou entorpecida e dentro de uma semana é que começa a doer, ou se simplesmente atingi o ponto de desgaste. Não sei.
Tenho uma amiga que namora há 4 anos neste regime de acaba/começa. Parecem felizes. Não sei como aguentam! Não quero isso para mim nem morta!
Enfim, estou confusa e prefiro estar quieta para não estragar nada.

Ai!!


Já alguma vez tiveram uma cólica renal?
Estou a travar conhecimento com uma desde terça-feira e não a acho lá muito simpática.
Gente, tenho estado de cama, só hoje me senti em condições de estar sentada em frente ao pc.
Digo-vos: isto dói para caraças! E não encontramos posição para estar, as noites são longas e sem dormir, a dor nos rins apanha as pernas, mal consigo manter-me de pé (logo nem banho consigo tomar! Não queiram imaginar o meu aspecto/cheiro).
Ontem passei a tarde toooooda nas Urgências a soro.
Ain… logo este ano que tinha decidido mascarar-me e curtir o Carnaval, PIMBA! Já foste!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Belo Dia de São Valentim…



Quando eu me desiludi e terminei tudo com o João, só o perdoei porque achei que o Dia de São Valentim estava próximo e seria uma boa época para nos reaproximarmos.
Mas o Destino existe e o que não é para ser, nunca chega a ser.
O João, trintão, já traído algumas vezes, inseguro, acha que o meu feitio e o facto de 80% dos meus amigos serem homens é demais para ele. Acha que a diferença de idades e a minha visão liberal de tudo é impossível de gerir. E ontem terminou tudo comigo.
Incrivelmente, não me sinto muito mal. É que quando a relação entra numa fase de eternas discussões e se desgasta, dificilmente ficamos ressentidos.
Da primeira vez custou-me, chorei baba e ranho e fiquei mesmo muito mal.
Desta vez estou calma. O facto dele terminar comigo na véspera do dia dos Namorados, justamente o factor chave que me levou a perdoá-lo, mexeu muito comigo. Desiludiu-me imenso. Estou calma e decidida a não correr mais atrás desta relação. O que tiver de ser, será. Se tivermos que ficar juntos, encontraremos um jeito. Para já acho que nem devemos tentar. Ele quis terminar, a insegurança é dele. Se quizer voltar, ele que mude e lute por mim. Não vou mexer uma palha.
Quem tiver comigo, tem de me aceitar como sou. Sempre tive mais amigos homens que mulheres. As mulheres aborrecem-me com as suas conversas de roupa e verniz. Sempre me interessei mais pelos homens daquele género “artista louco”, que escreve, pinta, é boémio e sabe discutir politica. O meu namorado não é nada assim. Nunca leu um livro na vida, não entra em Museus. É normal que procure em outras pessoas as conversas que não posso ter com ele. Mas é a ele que amo e por isso estamos juntos mesmo sendo tão opostos. Mas pelos vistos, o facto de termos culturas antagónicas e virmos de mundos diferentes fá-lo tremer na base. Não posso fazer nada quanto a isso.
Vou-me manter assim, serena, a seguir com a minha vida em frente. E o resto… o resto é o resto.
 

Mas feliz dia de São Valentim a todos! Porque eu não vejo este dia como o Dia dos Namorados, mas sim como o dia do Amor. E o Amor é universal e existe em várias formas. Eu, por exemplo, depois de jantar vou passar a noite a tomar cafezinho com uma prima que largou o namorado para me vir animar. E isto sim é Amor!

Siameses?


No meu último post sobre o rapaz que conheci, um anónimo escreveu o seguinte comentário: “E o teu namorado onde fica no meio disso tudo? Pareces estar a apaixonar-te por esse enquanto namoras”.
Isto deixou-me a pensar. Mas as pessoas querem namorados ou irmãos siameses?
É que para mim, a paixão é um sentimento muito forte que não surge numa conversa. Pessoalmente, digam o que disserem, não acredito em amor/paixão à primeira vista. Nem à segunda, nem à terceira.
Sim, eu fico feliz e o meu cérebro ainda mais, quando encontra alguém inteligente e interessante com quem falar. Mas é só isso. Eu vivo numa cidade fechada, com uma população iletrada, com a qual não se consegue falar de nada que não seja a vida dos vizinhos, com aquelas pessoazinhas que perguntam “Então é filha de quem? Quem é a sua avozinha?”. Baaaah!!
Detesto viver aqui. O meu cérebro está a morrer aos poucos. Por isso, nada mais óbvio que eu ficar feliz e perca noção do tempo quando encontro alguém bem bacana e diferente com quem conversar. Não se acha um jovem que seja fã de Mário Sá Carneiro a cada esquina, não é?
E desculpem-me aqueles que se privam do entusiasmo de conhecer um estranho interessante só porque está pres[ups], ocupado numa relação. É que se bem sei, um namoro é uma relação equilibrada, em que ambos respeitam os respectivos espaços, em que ninguém é paizinho ou mãezinha de ninguém. O dia em que eu me sentir presa e tiver de dar todas as satisfações a alguém, descarto-me logo! Eu quero um namorado, não quero um cão de guarda e muito menos um irmão siamês que esteja sempre atrelado a mim, que não descole de mim, que me sugue o sangue agarrado ao meu lombo.
Um namorado é alguém que nos cuide, que nos ame, que nos respeite e queira a nossa felicidade acima de tudo.
Eu adoro viajar e conhecer pessoas. Muitas me entusiasmam, algumas me fascinam. Mas amor é raro e não se encontra em conversas de 1h num bar.
Acordem para a vida minha gente! Vivam, não se deixem prender. Amem e entreguem-se mas não sejam burros. Não se anulem.
Porque eu adoro viajar sozinha, toda a vida fui aventureira, sempre o serei e nunca trai nenhum namorado nem faço intenções de o fazer. Porque acima de tudo numa relação, até do amor, está o RESPEITO. E quem ama não trai.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Gentxi!!! Conheci o Bocage!



Nossa Senhora, finalmente!!! Foi hoje!! Foi desta!! Aconteceu!!
Respira!!! 1, 2, 3… 10… calma… pára de hiperventilar… já está? O Xanax já foi? Pronto… agora vou explicar-vos melhor.
Tinha eu 17 anos e conheci na noite um gajo lindo de morrer, com menos 2 anos do que eu, chamado Luis. Saltaram-me as hormonas, fazer o quê? Coisas da puberdade, enfim.
Depois, através de amigos em comum, soube que era dado a voluntariados e dedicava-se muito a pessoas com deficiências extremas. Aí passei a admirá-lo.
O tempo foi passando, raramente o via, os amigos em comum nunca nos apresentaram (também nunca pedi por vergonha).
Ele fez 18 anos, foi para Lisboa estudar.
Passou-se mais 1 ano, tinha eu 21 primaveras e eis que descubro que o moço tinha um blog. Dediquei-me toda uma madrugada a lê-lo, absorvi cada palavra e descobri o maravilhoso escritor que também era. O rapaz é só talentos!
Li-o sempre atenta até ao verão de 2011, altura em que ele apagou o blog.

Hoje saí à noite, fui a um bar assistir a um concerto e encontro um amigo que não via à muito, amigo também do meu ídolo platónico Luis.
Começamos a falar e de repente (ai mãe!!) aparece ele!! Era ele, ali à minha frente.
O parvo do nosso amigo continuou a falar comigo, não nos apresentou. Que raiva!
Mas vai daí o Luis mete-se na conversa do nada. E inicia-se aqui uma das melhores conversas que já tive na vida! Este rapaz auto define-se de boémio, diz só ter amado um vez, diz saber o talento que possui, é confiante quase a tocar a arrogância mas de forma subtil, diz que as únicas dividas que poderá por ventura ter são orgasmos esquecidos a alguma que lhe aqueceu os lençóis, é fã incontornável de Mário Sá Carneiro, detesta Florbela Espanca tal como eu, gosta de literatura russa, ouve Ray Charles, houve Madredeus, tem barba e é extremamente atractivo.
É o tipo de homem que provoca pensamentos pecaminosos e ao mesmo tempo terror numa mulher.
Depois de 1h de conversa identificou-se comigo, disse que me adorava pelo meu bom gosto, falamos de um concurso literário que pretendo participar um dia. Ele, atento, pediu-me que lhe enviasse informações do tal concurso. Só agora vejo que ele me pediu que lhe ENVIASSE. Mas como? Supostamente estávamos a conhecer-nos ali, naquele instante. Talvez quisesse que lhe pedisse o mail. Mas nem raciocinei. De todos os modos, nos dias que correm, quem é que não encontras via Facebook?
Confessei-lhe que o lia. Ele respondeu-me um directo “obrigado”.
Falamos, falamos, falamos.
Confesso que esperava que a minha primeira conversa com ele fosse diferente, imaginava-o inteligente e perspicaz, mas um Bocage?? Sempre de frase malandra em riste, sempre com metáforas duvidosas, sempre provocador, sempre sagaz.
Gostei dele e acho incrível que exista alguém que é capaz de só pensar em sexo, que afague a alma na escrita e no whisky e que vá de propósito a instituições ajudar a alimentar deficientes profundos.
Acho fascinante.
Se o queria conhecer por achar que poderíamos ser parecidos, agora vejo que ele é muito mais à frente do que eu alguma vez serei.

Adenda sobre os sapatitos da Blanco

Quando os vi lá na loja, tão bonitos, expostos, pensei “È melhor deixar-vos cá, lindinhos. Têm um tacão tão alto que poderão magoar-me, mesmo sem quererem. Sei que querem ir comigo para casa mas tenho receio. Vocês são altos e tããããão finos… e eu não estou habituada a sapatos da vossa estirpe.”.
Ora que pois que é uma enorme pena eu ter-me ficado apenas pelo pensamento!
Ok, a porcaria dos sapatos são lindérrimos mas porra!! Não estou habituada a ver o chão desta distancia tão elevada e fui sair à noite e estou agora em casa em frente ao pc que nem me consigo mexer cheia de dores até ao mais ínfimo pedaço de osso do dedo mindinho.
Isto não foi uma saída à noite divertida, foi uma saída dolorosamente longa.

E sai mais um selo bem quentinho!



rm atribuiu-me este selo.
Versátil? Sim, o meu blog é versátil e um livro aberto e às vezes parece a Revista Maria, confesso. Mas não seria meu se fosse de outra forma.
 
 
Ora este selinho trás inerente a regra de dizer 7 factos sobre mim.
1-    Não uso relógio
2-    Detesto comida japonesa
3-    Tenho o cabelo negro
4-    Pinto sempre os olhos antes de sair de casa
5-    O meu escritor favorito é Tolstoi
6-    Sou louca por homens de barba
7-    Sou a fã número 1 da série One Tree Hill

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Lindo!!

Ontem a Candy, que vive em Évora, veio de propósito ter comigo à minha cidade para irmos às compras juntas.
Ela foi em busca de lingerie, que parecendo que não, isto de parecer uma mulher dos tempos do Ultramar, à espera que o namorado volte do outro lado do Atlantico, dá muitas ideias do que fazer e compor para quando o rapaz pisar solo português.
E eis que andávamos na Blanco, quando ela se apaixona por este sapatito:

E começa-me a pressionar para também o experimentar e tal…
E não é que me assentou tão bem, mas tão bem, que tive de o trazer??
Mas nesta cor:

E pronto! Já lixei a conta bancária este mês! Porque agora vou ter de ir novamente as compras ver de blusas azuis escuras que eu só tenho um top neste tom.

Há gente tão vazia que dá pena!

Depois de falar com as minhas colegas de trabalho, elas elucidaram-me acerca do espírito efusivo da tal Pity.
A Pity é aquele tipo de mulher que pensamos que só existe em novelas. Poucas vezes trabalhou na vida, tem uma filha que morre de vergonha dela e sabem como é que ela ganha a vida? A saltar de cama em cama. Tem um vasto leque de amantes, cujo único requisito é uma conta bancária recheada. Com o seu jeito alegre e desprendido, envolve os homens numa teia de sedução até que estes lhe dêem uma casa, muita roupa e viagens.
Mas é burra, na minha opinião. Deve fazer algo errado, porque não é ela que escolhe quando se farta e segue para outro, são eles que se fartam de tanto êxtase e chinfrim e a põem a andar, tendo ela de caçar outro parvo.
E assim vive a Pity, caçando velhos (que já se sabe que são alvos mais fáceis). Dorme com velhos nojentos, muitos deles conhecidos aqui na cidade pela sua índole duvidosa e assim mantém o seu status, o seu padrão luxuoso de vida.
A mim dá-me nojo e pena. Como é possível uma mulher a chegar aos 50 anos, gostar de viver assim? E o amor próprio? Eu adoro trabalhar e ter a minha independência. Como consegue ela viver décadas assim, saltando de dentadura em dentadura, viajando em troca de favores sexuais e tendo uma filha?? Se fosse a filha dela também teria vergonha. Como compreendo a rapariga!
Ah! E antes que alguém pense que ela faz isto por desespero, por falta de opções (que aí eu compreendia), não é nada disso. Ela despediu-se sempre dos poucos empregos que teve em troca de um velho que lhe mostrasse um bom estrato bancário.
Há pessoas muito vazias e que nem se apercebem do pouco valor com que se tratam…

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Já disse que odeio gente efusiva?!?

Domingo à tarde, tudo calmo, lá estava eu no meu local de trabalho.
Entra uma cinquentona loira, super tia. “Ah… Olá! A P. e a I. não estão? Vinha dar-lhes um beijinho, mas dou a si! Venha cá! Sou a Pity”.
Lá me espetou 2 beijos repenicados e começa-me a falar da vida toda, enquanto o meu cérebro morria aos pedacinhos.
De repente, lança a pérola “Olha, tens aí net? É que amanhã vou a Lisboa fazer um implante de pestanas e preciso imprimir um voucher”.
Eu, a tentar controlar a minha cara de nojo para pessoas fúteis, “Sim, está aqui o computador. Esteja à vontade”.
A mulher agarra-se ao computador, parecia que estava colada. Mas, míupe que era, não acertava com o teclado, fechava as janelas que queria abrir e ainda me dizia muito espantada “Mas porque é que isto está só a desaparecer?”. E eu lá lhe dizia, tentando controlar o mau-humor, “Desaparece porque a senhora está sempre a baralhar-se e a fechar as janelas”. Ao que ela ripostava “Não é senhora, é Pity!”.
Aí começou o meu pesadelo: começa-me a mulher a dizer que já trabalhou no sítio em que estou e que talvez regresse e sejamos colegas. Perante esta afirmação, ponderei o suicídio… mas aguentei-me.
Depois de 20min de busca e impressão do raio dos vouchers das pestanas, ela lá largou o computador.
Decide então convidar-me para tomar café. Eu alertei-a sobre o facto ÓBVIO de que não podia simplesmente sair do meu local de trabalho a meio da jornada, não é? Ao que ela, directa e perspicaz, me diz “Ah isto é muito parado! De certeza que não aparece ninguém. Anda lá!”.
Perante a minha incessante recusa, ela brinda-me com “Bem… então vou ficar aqui à conversa mais um pouco”.
Aqui liguei o meu alarme interior! Não aguentava nem mais 3 segundos de conversa fútil, sobretudo com quem nunca vi na vida.
Inteligentemente, pego numa folha cheia de coisas escritas. Ela, observadora (cusca), pergunta o que é. Digo que tenho trabalho para fazer. Ela, desapontada, diz “Ah… se não tivesse coisas para fazer ficava aqui a falar consigo…”. Olhou-me na esperança de que eu quisesse falar mais sobre o seu guarda-roupa. Silencio da minha parte…
“Bem… então sendo assim vou andando…”.
E saiu, tagarelando algo mais enquanto eu sorria de alívio.
Sim, eu sei que devem estar a pensar “A senhora foi tão querida, queria tomar um cafezinho contigo e tudo, e falou como se fosse tua amiga de infância”.
Ora aí está o problema! ODEIO que falem para mim com a confiança de anos. Incomoda-me. E detesto ainda mais gente efusiva. Inquieta-me o espírito. Fútil ainda por cima? Não aguento!!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Estou nesta fase

Algo mudou.
Ou mudei apenas eu.
Não sei.
Mas já não estou a ver a relação com os mesmos olhos.
Esforçamo-nos mais para ser amigos durante a separação do que agora que reatamos.
Brigamos ontem.
Brigamos hoje.
Ontem não dormi nada e chorei.
Hoje palpita-me que não vou dormir nada e tenho o coração com um batimento estranho.
Algo se passa, algo se perdeu, algo não está a voltar ao normal.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Vamos lá tentar



Pois é, parece que estamos a apenas uma semana do Dia dos Namorados.
Há 10 corações por cada metro quadrado!
Peluches, molduras, garrafas de vinho personalizadas, declarações de amor em cerâmica, boxers, aventais fofinhos, entopem as montras.
E pronto, o Cupido veio adiantado a minha casa e lá me deu a volta ao sentido e eu lá perdoei o João.
Quer dizer, perdoar a 100% ainda não. É mais bem um (re)inicio de pé atrás, com ar desconfiado e muito na retaguarda. Mas há que tentar, certo?

Conversas #9#

Ele: Desculpe, pode dar-me uma informação? É que sou Galego, ando aqui a conhecer Portugal e disseram-me que agora era necessário comprar uns cartões para se puder andar nas auto-estradas.
Eu: Pois, não sei. É melhor perguntar a outra pessoa. É que eu não conduzo.
Ele: Ah mas já tem idade para conduzir!
Eu: … [cara neutra, olhos muito abertos]
Ele: É uma brincadeirinha! Bem… Boa tarde!

Ps: Oh tipo, tu sabes lá se eu tenho dinheiro para tirar a carta, comprar carro e ainda lhe encher o depósito!!!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Obrigada a todos

Obrigadíssima a todos pelo apoio e bom feeling.
Ainda não me reconciliei com o João mas estamos no bom caminho.
Hoje estávamos mais calmos e foi a primeira vez desde que acabamos que conseguimos conversar bem, falar sobre as nossas vidas, tudo como antes.
Ele tentou beijar-me algumas vezes mas eu não permiti. Acho que ainda tenho de apaziguar mais e melhor o meu coraçãozito.
Mas estou confiante.
Depois do café, fomos passear um pouco. Fomos à beira rio, andamos pela cidade a ver algumas montras… Acho que dentro de 2 ou 3 dias estará tudo bem. Ele parece-me triste e arrependido. Veremos.
Bom pessoal, vou ter com a louca da minha amiga Samanta!
Beijinho e aproveitem o sábado.

A vida são dois dias e um já passou!

Faz hoje precisamente 2 anos que o meu irmão mais novo faleceu.
Tinha 18 anos mas era uma criança, já que nasceu com Trissomia 21. Nunca falou, era de uma simpatia extrema. Sentia muita necessidade de carinho.
Infelizmente, acho que nem sempre o soube compreender da melhor forma e isso pesa-me até hoje na consciência.
Sempre o imaginei connosco. Aliás, quando ele fez os 18 anos eu andava a pensar em pedir a guarda dele em Tribunal para que, quando a minha mãe fosse velhinha e falecesse, ficasse eu a cargo dele.
Mas enfim, as coisas nem sempre correm como esperamos. Aos 16 anos surgiu-lhe um tumor na anca. Aos 18 faleceu.
Foi com a morte dele que eu mudei. Aprendi que não podia ser tão fria, que a vida não nos dá espaço para planos. Não devemos pensar que temos todo o tempo do mundo quando assim não é.
E porque hoje fazem 2 anos desde a partida dele e porque hoje fazem 9 dias do fim do meu namoro, comecei a ponderar na questão do tempo.
Já o Raúl Solnado dizia “Façam o favor de serem felizes”.
 
 
Vou-me arranjar, vou tomar café com o João e logo se vê como corre a conversa.
E mais logo vou enfrentar o frio e vou sair com a Samanta e com o Calvin. Porque em caso de tristeza, não há pessoa mais alegre do que ela. E em caso de apatia, só o Calvin me entende.