terça-feira, 26 de abril de 2011

Saudosismo Português


As duas grandes características do povo lusitano são a tristeza e a saudade.
Dizem que em nenhuma outra parte do mundo se viu povo mais melancólico, sossegado e com tamanha saudade no coração; saudade do passado, da grandeza do seu país, dos seus entes queridos (tenho para mim que este saudosismo é um resquício das aventuras do ultramar). Veja-se que somos até um país com saudades de uma ditadura!
Eu sempre fui uma excepção neste campo. Achava interessante observar todos estes factores mas não os tinha em mim (excepto a tristeza). O saudosismo nunca me fez sentido. Nunca o senti.
Até esta semana.

Esta é a terceira semana que não vejo o João. E se no início me queixava que não sabia que sentimento tinha por ele, agora sei: gosto de verdade!
Ainda não estou completamente apaixonada. Adoraria estar! Quero uma paixão daquelas de cair por terra, de ficar de quatro, de sonhar com a pessoa todas as noites, de a desejar e de a sentir como se fosse uma tatuagem sempre na minha pele. Não quero nada menos do que uma paixão inconveniente e avassaladora.
E a verdade é que esta semana tenho sentido a falta do João. Aliás, na segunda semana sem o ver, senti a falta dele, agora já não; agora sinto SAUDADE. Sim, esse palavrão que sempre ignorei está presente agora.
Esta tarde senti mesmo como se me faltasse algo importante, uma parte de mim. E acreditem que nunca tinha sentido nada semelhante a isto.
Como se não bastasse, até parece o destino, o João telefonou-me ao fim da tarde a dizer que sentia uma enorme necessidade de estar comigo, porque durante a tarde tinha sentido uma saudade mais forte que o normal, em que parecia que lhe estava a faltar tudo, o ar, o chão… tudo!
Gostei de ouvir isto, gostei de ouvir pela forma como o disse. Gostei da coincidência! E, sem dúvida, gosto dele!

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