quarta-feira, 27 de abril de 2011

Conversas #2#

(ao telemóvel)

João: Preciso estar contigo.
Eu: Elah! Precisas?!? Olha que essa palavra já implica uma necessidade muito grande…
João: E podes ter a certeza que sim! Não te sei explicar, mas há pouco, durante a tarde, senti uma saudade diferente, mais forte. Parecia que me estava a faltar tudo, o ar, o chão… Tinha mesmo de te ver!
Eu: E agora? Já passou?
João: Está melhor. Estou a ouvir a tua voz, estou a falar contigo… E também estou mais feliz porque a sexta-feira já está próxima e finalmente vou-te ver. Aliás, prepara-te! Quando te vir tenho uma coisa má para te dar.
Eu: Uma coisa má?!? Um má notícia?!?
João: Não… Simplesmente vou-te dar um abraço tão forte que te vou esmagar! Pode ser?
Eu: Pode, desde que não me partas nenhum osso. É que se vou para o hospital, como castigo proíbo a tua visita. E depois como é? Morres de saudades?
João: Ok, admito! Por acaso estas 3 semanas sem nos vermos tiveram um lado positivo. Deu para reflectir e perceber que gosto mesmo de ti a sério.
Eu: Ãh? Mas ainda não sabias que gostavas de mim?!?
João: Oh, claro que sabia! Mas agora tenho uma enorme certeza. E isso é sempre bom. Agora sei que gosto mesmo de ti, que te quero ao meu lado e que quero que sejas minha.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Saudosismo Português


As duas grandes características do povo lusitano são a tristeza e a saudade.
Dizem que em nenhuma outra parte do mundo se viu povo mais melancólico, sossegado e com tamanha saudade no coração; saudade do passado, da grandeza do seu país, dos seus entes queridos (tenho para mim que este saudosismo é um resquício das aventuras do ultramar). Veja-se que somos até um país com saudades de uma ditadura!
Eu sempre fui uma excepção neste campo. Achava interessante observar todos estes factores mas não os tinha em mim (excepto a tristeza). O saudosismo nunca me fez sentido. Nunca o senti.
Até esta semana.

Esta é a terceira semana que não vejo o João. E se no início me queixava que não sabia que sentimento tinha por ele, agora sei: gosto de verdade!
Ainda não estou completamente apaixonada. Adoraria estar! Quero uma paixão daquelas de cair por terra, de ficar de quatro, de sonhar com a pessoa todas as noites, de a desejar e de a sentir como se fosse uma tatuagem sempre na minha pele. Não quero nada menos do que uma paixão inconveniente e avassaladora.
E a verdade é que esta semana tenho sentido a falta do João. Aliás, na segunda semana sem o ver, senti a falta dele, agora já não; agora sinto SAUDADE. Sim, esse palavrão que sempre ignorei está presente agora.
Esta tarde senti mesmo como se me faltasse algo importante, uma parte de mim. E acreditem que nunca tinha sentido nada semelhante a isto.
Como se não bastasse, até parece o destino, o João telefonou-me ao fim da tarde a dizer que sentia uma enorme necessidade de estar comigo, porque durante a tarde tinha sentido uma saudade mais forte que o normal, em que parecia que lhe estava a faltar tudo, o ar, o chão… tudo!
Gostei de ouvir isto, gostei de ouvir pela forma como o disse. Gostei da coincidência! E, sem dúvida, gosto dele!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Não se comemora o que se tem a mais

O ano passado recordo-me de comemorar o “25 de Abril” numa praça cheia de gente e, apesar da minha juventude, ficar emocionada ao ouvir “E Depois do Adeus” de Paulo de Carvalho. Foi algo indescritível. Simplesmente, senti as lágrimas apoderarem-se dos meus olhos e senti uma felicidade incomum.
Este ano foi diferente, já não comemorei. Apercebi-me que não tinha motivos para tal emoção. Olhando em volta cheguei à conclusão de que hoje em dia existe liberdade a mais! E só faz sentido comemorar-se a vitória de algo importante e raro.
O liberalismo (individual, político e económico) está a dar os últimos cartuxos! A globalização contribuiu para tal. Talvez devêssemos voltar a ter fronteiras, políticos com mão de ferro e uma sociedade mais estruturada.
Como diria Churchill: “A democracia é o melhor dos piores modelos de governo”.
E confesso que já fui mais fã dela…

sábado, 23 de abril de 2011

quinta-feira, 21 de abril de 2011

É um prazer e amor puros…


… que sinto por ti, Chuva!



Não há nada melhor que estar deitada na cama, bem aconchegada, a ver um filme e a ouvir a chuva cair e bater fortemente na janela.
Melhor, só andar pelas ruas livremente, deixando que a água nos lave a alma.
Como sabe a divino um banho de chuva!

PS: Melhor, melhor mesmo… só se estivermos aconchegadas num amplo e forte peito masculino! Até ouvimos a chuva de forma mais intensa.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Passo de Ti, Deus!

A tal vidente disse-me para mandar rezar uma missa pelo meu irmão.
Disse-me que tinha de partir de mim, ser paga por dinheiro meu.
Perguntei-lhe no que se repercutia esta coisa de mandar rezar missas lá no outro mundo.
A resposta fez-me implicar ainda mais com o cristianismo (e olhem que é difícil, porque eu já embirro com aquilo aos anos!!): “Se você pagar do seu bolso uma missa pela alma de alguém, no outro mundo resultará em paz. Você está a comprar o descanso do seu irmão.”.

Ok…
Deus é adepto de subornos?
Deus é materialista?

Irrita-me solenemente o cristianismo!
O catolicismo incomoda-me até ao tutano.
Mas agora é o cúmulo teres de pagar para conseguires ter paz no outro mundo. Os lugares no Céu já só se conseguem perante marcação prévia e suborno?
Um pobre está condenado a ter a sua alma vagueando pelo cemitério sem descanso?

Não gosto de Deus (lamento se estou a ferir susceptibilidades).
Há algo no discurso das pessoas que me faz prever que não é muito difícil ser melhor que ele e que o tipo/coisa/whatever não é grande coisa.

domingo, 17 de abril de 2011

Fui à vidente e ela nem um dente me viu!

Acredito no sobrenatural.
Já tive algumas experiências que me levam a saber que o outro mundo existe de verdade.
Há 3 semanas, a minha mãe e a minha tia foram a uma vidente que, alegadamente, fala com espíritos e santos que lhe dizem as coisas na hora.
A senhora foi, de facto, muito boa. Deu recados específicos do meu irmão, coisas que ninguém mais tinha como saber.
Fiquei impressionada!
A minha mãe chegou a casa lavada em lágrimas devido à emoção de ter falado com o falecido filho.
Fiquei com aquilo a revolver-me o cérebro.
Na semana seguinte, eu, um tio e a minha madrinha, fomos os três em excursão falar com a senhora.
A minha madrinha e o meu tio foram os primeiros a entrar.
Saíram de lá a chorar, ambos falaram com o meu irmão e garantiram-me que eu iria ter uma experiência única.
Entrei, nervosa.
A mulher, assim que me olha, diz “Ui! A menina que ainda não entrou e já está a chorar!”.
Fiquei surpresa… Não sou de chorar e muito menos em frente a alguém.
Sentei-me.
Disse-lhe o que pretendia: queria falar com o meu irmão, saber se ele estava bem e se me perdoava, pois eu não soube compreender a gravidade da sua doença e fui bastante desumana e péssima irmã. Queria também compreender o que se passa na cabeça do meu progenitor, que me trata mais como inimiga do que como filha. Queria ainda que ela me desse umas luzes sobre o meu caminho, sobre o rumo que deveria seguir.
Perante tantas questões importantes, sabem o que ela me disse?
IGNOROU-ME!
Disse-me que eu era uma pessoa muito fria, que tinha um muro à minha frente, que não sabia lidar com sentimentos (grande novidade!). Disse-me que o meu irmão lhe estava a dizer que eu implicava muito com ele e que não me podia dizer mais nada.
Ou seja, disse-me uma frase lixada do meu irmão, nem me deixou falar mais com ele, nem aprofundar ou tentar perceber o que ele me disse (o que só me fez sentir um lixo e aumentou o meu sentimento de culpa!), não me respondeu às questões sobre o meu pai e apenas me disse que eu tinha um grande futuro à minha espera, sem um único detalhe (posso vir a ser ministra ou actriz porno; fiquei na mesma).
No meio de tudo isto, a vidente só foi directa em relação a um único tema: João.
Disse-me que esta relação me estava a fazer muito bem mas que não tinha futuro. Para aproveitar enquanto durar. O meu caminho é outro e o João não está incluído.

Resumindo: fui à vidente para ela me ignorar, chamar fria, abrir uma ferida enorme no meu coração que ainda nem estava sarada e dizer que o meu namoro vai acabar.
Estou chateada, muito chateada!


PS: Apesar do que ela disse, eu entrei e sai sem chorar. Isto dá que pensar… Ela acerta tudo com toda a gente e comigo, além de não conseguir ver, ainda erra?

sábado, 16 de abril de 2011

Again???

Estou há 4 dias de cama, sem nem snifar a aragem dos dias.
É a segunda vez em menos de um mês que fico constipada. Não é normal! Devo estar embruxada.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Decidi-me!



Entre cair nas garras de um cabrão profissional que só me quer levar para a cama e ter um harém (Almeida) ou render-me aos detalhes e sorrisos de um trintão sedutor e romântico (João), optei por quem demonstra todos os dias o seu carinho por mim:

JOÃO

Até a forma como me olha transmite admiração e carinho. Há dias que o brilho do seu olhar quando me olha, me impede de olha-lo a ele.
Sim, pessoal. Namoro oficialmente com o João desde o dia 8.



Almeida, sem dúvida que és o homem da minha vida mas gosto demasiado de mim para me meter na cama de um Casanova. Continuas a fascinar-me. Serei sempre a tua maior fã. Mas demorei demasiado tempo a construir o meu carácter e força para que agora estrague tudo batendo-te à porta.

segunda-feira, 11 de abril de 2011


Vi-te e foi incontrolável.
A minha alma sorria e cantava.
Saltei para os teus braços e transmiti-te a mais pura alegria.
Não pensei, foi instintivo.
Precisei do teu colo, dos teus braços em redor da minha cintura.
Os teus olhos pareciam dois faróis, tal era a tua felicidade perante o meu acto.
E assim foi, assim o meu gesto marcou a noite.



PS: depois do penúltimo post acontece-me isto…

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Conversas #1#

Ela: Toda a gente é a pessoa certa.
Eu: Como assim?
Ela: Toda a gente que aparece na tua vida é a pessoa certa! Porque mesmo que sejam uns grandes filhos da puta, ao menos aprendes algo com eles. E sei que foram as relações que tive que me tornaram assim, seja isto bom ou mau. Portanto, toda a gente que cruza o teu caminho é a pessoa certa para ti.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Mas afinal o que é a paixão?


O que é real e o que é mito?
Perguntei a dois amigos o que sentiam quando estavam apaixonados. Ambos disseram o mesmo:
- joelhos a fraquejar
- ansiedade
- sorriso/riso tonto e fácil
- nervosismo estranho no estômago
- vontade incontrolável e gigantesca de estar com a pessoa

Ou seja: uma pessoa apaixonada perde a noção do comum, fica louca e move-se por impulsos.
Assim sendo, das três uma:
- ou isto é tudo um monte de tretas e mariquices
- ou eu sou uma bruta insensível e nunca na vida me apaixonei
- ou devido ao meu lado incrivelmente racional, tenho uma forma de gostar
calma, de acordo com a minha crença budista e sou incapaz de tais impulsos e
devaneios.