sexta-feira, 25 de março de 2011

De extremos!


Cresci num ambiente familiar complicado. Os meus pais discutiam todos os dias desde que me lembro. Por isso sou assim, fechada, desconfiada e descrente no amor.
Nunca assisti a cenas de carinho e cumplicidade. Nunca observei um verdadeiro “casal”.
Os mimos deixam-me sem jeito, sinto-me estranha, deslocada e envergonhada perante o amor. É parvo, eu sei… Mas o amor é uma barreira para mim.
Não consigo ser carinhosa; quero sê-lo mas algo me bloqueia.
Por isso me encanto apenas!
Acho um rapaz interessante, deixo-o chegar perto da minha muralha e quando ele demonstra que quer bater à porta do meu coração, eu viro costas e deixo-o sozinho e confuso.
Faço SEMPRE isto. Sinto-me mal pelos corações que já destrocei.
Sou assim tão insensível e má pessoa?
No ambiente em que cresci, aprendi que não devo colocar-me nas mãos de um homem. Devo amar-me a mim, viver de mim e para mim. Por isso não me entrego. Por isso me sinto logo sufocada se receber mais de duas chamadas por dia da mesma pessoa. Por isso me irrito à sexta sms do dia.
A culpa é minha? Eu sou um extremo que só a mim compete reduzir? Sim, eu sei que sim.
Mas os rapazes da minha idade também contribuem, ainda que sem intenção, para a minha fobia de relacionamentos.
Ter 20 anos e hormonas aos saltos, aparecer TODOS os dias à porta da minha casa e telefonar-me desde manhã até de madrugada é para, no mínimo, me provocar um ataque de nervos!
Os homens apaixonados perdem a noção de vida própria ou sou apenas eu que atraio desocupados?

2 comentários:

  1. Pareces uma amiga minha tu (: tens de tentar mais um bocadinho, mas se nao gostas dele (que parece ser o caso) manda-o dar uma volta, credo que nervos de pessoa que ele parece ser! Mas acho que só estando muito apaixonada é que vais conseguir ter menos problemas com essas coisas.

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  2. O problema é que nunca me apaixonei, sabes? Mas tens razão, eu também nem me esforço para deixar a pessoa chegar a mim. Mas ainda acredito que vá aparecer o homem que va abanar todo o meu mundo. Ou então não, simplesmente o meu caminho é mais individualista e aventureiro e o amor é apenas um anexo fora do meu rumo. Quem sabe?
    De todos os modos e falando do rapaz em questão, as coisas estão a mudar. Ultimamente tenho sido alvo de um entusiasmo subito. Agora digo abertamente: GOSTO DELE. Mas ainda não estou apaixonada e esse é o meu objectivo. Pela primeira vez apetece-me esforçar. Veremos no que dá... beijinho *

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